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Vice-governadora Mailza Assis inicia “tour da fé” e aposta na velha tática de políticos: aparecer em igreja perto da eleição
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Mailza Assis intensifica presença em igrejas e reforça agenda voltada ao público evangélico em busca de votos – Foto: Reprodução/ Noticia da Hora
A vice-governadora e pré-candidata ao governo do Acre, Mailza Assis, parece ter acelerado a fase da campanha conhecida nos bastidores como “temporada de conversão súbita”. À medida que o período eleitoral se aproxima, Mailza tem surgido com frequência cada vez maior em eventos religiosos numa movimentação que lembra mais estratégia eleitoral do que devoção espontânea.
A vice-governadora foi recebida por pastores, líderes e missionários da Assembleia de Deus, onde ganhou oração, atenção e até uma Bíblia da Mulher. O gesto, embora simbólico, reforça a velha prática dos políticos que, quando sentem o cheiro das urnas, passam a frequentar templos com a mesma intensidade com que antes frequentavam agendas oficiais.
Mailza, que é membro da Assembleia de Deus, divulgou nas redes sociais que saiu “fortalecida espiritualmente”. Para muitos observadores, porém, o fortalecimento que ela realmente busca é o eleitoral, especialmente dentro de um segmento que há anos se tornou alvo preferencial de candidatos em busca de aprovação rápida e votos fiéis.
A cena é conhecida: político em pré-campanha aparece em café da manhã com pastores, recebe oração, posta foto com Bíblia e reforça discurso de “missão divina”. A diferença, dizem críticos, é que o roteiro segue tão padronizado que já soa mecânico. A aproximação repentina com o público evangélico, curiosamente, nunca acontece no primeiro ano de governo, sempre quando o calendário eleitoral aperta.
Ao afirmar que recebeu palavras que renovam sua força para “conduzir o estado”, Mailza deixa claro que pretende unir fé e palanque para disputar o governo. A questão que fica é: trata-se de devoção sincera ou de mais um capítulo da conhecida corrida por votos dentro das igrejas?
Enquanto a campanha não começa oficialmente, Mailza segue sua romaria política, com direito a Bíblia nova, oração direcionada e o costumeiro tom messiânico que, em época de eleição, se torna mais forte que qualquer discurso de gestão.
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Crescimento do senador Alan Rick provoca pânico na Casa Rosada e expõe a fragilidade da candidatura de Mailza Assis ao governo

Clima de tensão na Casa Rosada em meio ao crescimento de Alan Rick nas pesquisas – Foto: Diego Gurgel
Segundo informações repassadas por uma fonte da Casa Rosada ao portal 3 de Julho Notícias, o clima dentro do governo é de absoluto desespero. A cada nova pesquisa eleitoral, o nome do senador Alan Rick sobe mais alguns degraus e, com isso, aumenta o pânico no núcleo duro do governo Gladson Cameli. Secretários relatam noites sem dormir, reuniões emergenciais e uma corrida silenciosa para tentar entender como o senador tomou a dianteira com tanta força entre os eleitores mais humildes.
Alan Rick, de forma estratégica e consistente, consolidou uma presença fulminante nas comunidades mais carentes, onde sua imagem cresce de maneira quase espontânea. De mercados a ruas de bairros periféricos, seu nome virou tema diário. A percepção geral é clara: o senador se transformou no favorito natural da população, visto como alguém firme, acessível e com discurso alinhado às necessidades do povo. Há quem diga que, mantendo o atual ritmo, ele pode até encerrar a disputa no primeiro turno.
Do outro lado, a situação é bem menos animadora. A pré-candidata Mailza Assis tem percorrido o Acre de ponta a ponta, mas a movimentação não se converte em apoio real. Mesmo sendo recebida com cordialidade em suas agendas, a adesão política continua tímida. Aliados confidenciam que a campanha não consegue empolgar nem mesmo parte da base governista. Há setores do governo que já falam abertamente em “barco afundando”.
A tensão aumenta ainda mais com a proximidade do julgamento do governador Gladson Cameli, marcado para o dia 19. O entorno do Palácio já trabalha com a possibilidade de um impacto devastador na disputa eleitoral. O que se comenta nos bastidores é que muitos aliados históricos do governador adotaram uma postura de distância estratégica, esperando o desfecho de um processo que pode alterar completamente o quadro político. “Ninguém quer ficar preso ao que pode ruir”, revela a fonte da Casa Rosada.
Enquanto Gladson e Mailza tentam estancar a sangria política, Alan Rick segue crescendo sem esforço aparente. Nas ruas, a leitura é simples: ele se tornou o nome que representa confiança e renovação, enquanto o governo vive seu momento mais delicado. A distância entre os lados só aumenta — e, por enquanto, quem dita o ritmo da eleição é o senador.
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