Política
Vereador André Kamai desmonta versão de Bocalom e denuncia conluio e milhões entregues à Ricco enquanto população sofre
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Crise no Transporte:“Alguém ganhou muito dinheiro com esse contrato ilegal” – Foto: Paulo Murilo/ Whidy Melo
Em tom duríssimo, o vereador André Kamai desmontou mais uma vez a narrativa da Prefeitura sobre a crise do transporte coletivo. Em entrevista o parlamentar afirmou que “não é verdade que a licitação não aconteceu por mudança de lei”, denunciando que a nova legislação está vigente desde 2021 e que “a Prefeitura está há mais de três anos sem colocar um edital na rua por motivos internos”.
Para o parlamentar, a gestão Bocalom mantém, de forma deliberada, um contrato “precário e ilegal” com a Ricco, empresa que já recebeu mais de R$ 100 milhões em subsídios e mais de R$ 200 milhões somando tarifas, oferecendo, segundo Kamai, “um dos piores serviços do Brasil”.
O vereador lembrou que a população tem escapado por pouco de tragédias anunciadas: eixo traseiro lançado no asfalto, barra de direção quebrada, passageiros arremessados de ônibus em movimento. “Estamos muito perto de uma morte”, alertou. Para Kamai, o súbito interesse do prefeito em dar explicações só surgiu porque o caos “começa a ameaçar seus interesses eleitorais”.
Outro ponto também contestado pelo vereador foi o discurso de que a Câmara seria responsável pelo atraso. “A licitação não aconteceu porque o prefeito não quis”, reforçou. Ele afirmou que há indícios de “leniência” e possível “conluio” entre a Prefeitura e a empresa, e que alguém “ganhou muito dinheiro” sustentando o contrato atual.
Kamai destacou, ainda, que o Ministério Público só agiu após ação popular e que agora a Justiça deve tomar providências. Ele encerrou cobrando a realização imediata da licitação e o fim da insegurança que coloca vidas em risco diariamente. “Não vamos aceitar que a responsabilidade caia sobre nós. A Prefeitura precisa parar de sustentar sua incompetência na base da mentira.”
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Comitiva do Acre apresenta ao MCTI programas que revolucionam a vida de mães solo e atípicas e busca apoio federal para ampliar impacto

Comitiva do Acre apresenta ao MCTI projetos de apoio a mães solo e atípicas
A ex-deputada federal e atual diretora da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, articulou uma agenda estratégica entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (FAPAC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), nesta terça-feira, 25, em Brasília.
O objetivo da reunião foi apresentar os programas Mães da Ciência e Mentes Azuis ao secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda, buscando apoio e recursos federais para a execução da segunda fase dessas iniciativas. Durante o encontro, o presidente da FAPAC, Moisés Diniz, e a comitiva destacaram o impacto social profundo dos dois programas no Acre.
Os dois projetos foram desenvolvidos pela FAPAC e utilizam a pesquisa científica como ferramenta de transformação social. O Mentes Azuis, lançado em 2024, oferece bolsas de pesquisa para mães atípicas, aquelas que têm filhos com autismo ou deficiência intelectual. A iniciativa promove inclusão social, reduz a sobrecarga emocional e melhora a qualidade de vida das famílias, transformando a cuidadora em pesquisadora de sua própria realidade.
Já o Mães da Ciência é um programa inovador que estuda e dá visibilidade ao universo da mãe solo no Acre. Participam preceptores com doutorado e professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além do caráter acadêmico, o projeto conta com consultores de inovação tecnológica que ajudam essas mulheres a identificar caminhos econômicos viáveis. O foco é o fortalecimento de pequenos negócios para que superem a dependência de programas de transferência de renda e avancem com autonomia.
Para Perpétua Almeida, a articulação reforça o compromisso com a ciência aplicada à cidadania e ao desenvolvimento social.
“Ao apoiar os programas Mentes Azuis e Mães da Ciência, além de oferecer conhecimento e ferramentas para que mulheres empreendam e tenham autonomia, estamos também ajudando essas mães que largaram estudo e trabalho, ou que nunca tiveram oportunidade, a garantirem renda para cuidar das suas famílias”, disse.
O secretário do MCTI mostrou entusiasmo com os resultados apresentados e assumiu o compromisso de estudar as possibilidades de apoio às mães acreanas envolvidas nos programas.
Para o presidente da FAPAC, a agenda em Brasília é fundamental para que os projetos avancem. “Esses programas cresceram porque tocaram diretamente as dores, os problemas e a vida real das mães solo e das mães atípicas do Acre. Elas precisam de apoio para continuar. É por isso que estamos em Brasília, visitando Ministérios e o Congresso Nacional, para garantir que esses programas sigam existindo”.
A coordenadora do programa Mães da Ciência, Nilsa Almeida, destacou a transformação que o projeto vem promovendo na vida das mulheres alcançadas.
“As mães solo do Acre carregam uma força imensa, mas muitas vezes enfrentam essa jornada sozinhas. O Mães da Ciência dá a elas visibilidade, formação e caminhos concretos para que tenham autonomia e novas oportunidades. É pesquisa, mas também é cuidado e reconstrução.”
A coordenadora do Mentes Azuis, Zenilda Leão, reforçou que o impacto emocional e social é imediato.
“Quando uma mãe atípica recebe apoio, ela floresce. E quando ela floresce, a família inteira respira melhor. Transformar essas mulheres em pesquisadoras da própria realidade faz com que elas descubram novos caminhos. O Mentes Azuis cuida da mãe para que ela possa cuidar ainda melhor do seu filho.”
A agenda de visitas da comitiva do Acre segue em Brasília até sexta-feira, 28, com o intuito de sensibilizar gestores e parlamentares a apoiarem os programas.

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