Política
Os ex-prefeitos Vagner Sales e Zila Bezerra são condenados por não pagarem dívida de R$ 16 milhões à Eletroacre
A decisão, em segunda instância, foi da Câmara Cívil do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC).
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A decisão, em segunda instância, foi da Câmara Cívil do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC).
O Poder Judiciário condenou os ex-prefeitos de Cruzeiro do Sul, Zila Bezerra e Vagner Sales, por prática de improbidade administrativa enquanto comandaram o segundo maior município do Acre.
Como denunciou o Ministério Público Estadual (MPE/AC), Zila e Vagner deixaram de pagar contas que o município tinha junto à Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), causando um prejuízo, somados juros e multas, que chegava à casa dos R$ 16 milhões (em maio de 2012).
A reportagem não conseguiu localizar a ex-prefeita Zila Bezerra. Já Vagner Sales não atendeu às ligações do portal. O espaço segue aberto para ambos.
Os ex-prefeitos ganharam o processo em primeira instância, mas não conseguiram escapar dos desembargadores Samoel Evangelista, Júnior Alberto e Regina Ferrari, que decidiram, por unanimidade, pela condenação dos políticos opositores à Frente Popular do Acre (FPA), encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Ao recorrer da primeira sentença, o procurador de Justiça João Marques Pires, destacou que houve, sim, crime e dano aos sofres públicos, já que os ex-prefeitos não pagaram a dívida da cidade sob o pretexto de que havia valores no caixa da Eletroacre que na verdade pertenciam à Prefeitura de Cruzeiro do Sul.
Além disso, o procurador de Justiça diz que Vagner e Zila não tiveram medo das leis, nem do Poder Judiciário. “Enquanto Uma, sequer, fornecia endereço correto nos Autos, embora tenha apresentado Alegações Finais, o Outro, não apresentou nem mesmo contrariedade ao presente Recurso”, destacou ao lembrar: Não existe crime menor ou maior quando se trata da coisa pública”.
O processo
Ao fazer a denúncia ao Judiciário, em 2012, o então promotor Rodrigo Carvalho, da Comarca de Cruzeiro do Sul, apontou que a infração dos acusados retrata a falta de profissionalismo, dedicação e seriedade deles no trato da coisa pública.
A ação faz referência ainda às consequências geradas pela inadimplência como um fator que impede o desenvolvimento operacional e tecnológico da empresa concessionária, criando-se um risco de descontinuidade do serviço público, o que agrava o problema energético do Estado do Acre.
“Esse descumprimento prejudica a eficiência e qualidade da prestação dos serviços oferecidos à população cruzeirense, bem como contribuem para o indesejado aumento da tarifa elétrica aos demais consumidores acreanos, que são cumpridores dos seus deveres, concorrendo para que a empresa caia numa situação de insolvência, fato esse prejudicial ao interesse coletivo, aos funcionários e às suas respectivas famílias”, destaca o promotor.
A condenação solicitada pelo MPE
Com a condenação, os réus terão que ressarcir o valor integral do dano, além da perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, e ainda o pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano.
O Ministério Público Estadual também pediu ao Judiciário a proibição de que os réus contratassem com o Poder Público ou recebessem benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.
Fonte: ac24horas

Política
Exporta Mais Amazônia supera a marca de R$ 100 milhões em negócios e fortalece a imagem da região no mercado internacional
De 28 de setembro a 1º de outubro de 2025, Rio Branco sediou a 40ª edição do Exporta Mais Amazônia, promovido pela ApexBrasil em parceria com o Sebrae. O evento reforçou o papel da Amazônia como fornecedora de produtos sustentáveis para o mercado global e alcançou o maior resultado de sua história: R$ 101,5 milhões (US$ 17,8 milhões) em expectativas de negócios.
Uma imersão na floresta e nas cadeias produtivas
O programa teve início no dia 28, com uma experiência sensorial no Seringal Cachoeira, em Xapuri. Ali, 25 compradores de 18 países participaram de uma imersão conduzida por lideranças comunitárias, seringueiros e cooperativas locais, conhecendo de perto o modo de vida extrativista e a biodiversidade amazônica.
Em seguida, a programação em Rio Branco contou com seminários, visitas técnicas e duas rodadas intensas de negócios, que somaram 337 reuniões comerciais, cada uma com cerca de 30 minutos. Ao todo, 76 empresas da região Norte, sendo 44 do Acre, apresentaram seus produtos a importadores interessados em setores como açaí, café robusta, castanha-do-brasil, farinha de mandioca, frutas processadas, carnes e artesanato.
Resultados históricos
O balanço consolidado da ApexBrasil confirma que esta foi a edição mais bem-sucedida do Exporta Mais Amazônia:
- Artesanato: R$ 6,6 milhões (US$ 1,2 milhão)
- Proteína animal (bovina e suína): R$ 4,4 milhões (US$ 775 mil)
- Outros alimentos e bebidas (açaí, cafés, castanhas, farinha, frutas): R$ 90,5 milhões (US$ 15,9 milhões)
- Total: R$ 101,5 milhões (US$ 17,8 milhões)
Entre os países compradores, os destaques foram:
- China: R$ 63 milhões
- Bulgária: R$ 8,5 milhões
- Emirados Árabes Unidos: R$ 6,3 milhões
Um dos exemplos emblemáticos foi o acordo com a rede chinesa de fast-food Mixue, que atua na compra de frutas, especialmente açaí, e firmou negócios de US$ 10 milhões (mais de R$ 50 milhões) para os próximos 12 meses.
Impactos e simbolismo
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, comemorou os resultados, lembrando que eles confirmam a trajetória ascendente do Acre no comércio exterior:
“O Acre ultrapassou US$ 87 milhões em exportações em 2024 e já alcançou cerca de US$ 70 milhões na metade de 2025. Agora, com os resultados do Exporta Mais, temos condições de superar os US$ 100 milhões no próximo ano. Mais do que números, estamos consolidando a imagem da Amazônia como provedora de produtos sustentáveis e de alta qualidade para o mundo”.
O Exporta Mais Amazônia reforça a estratégia de aliar negócios à sustentabilidade. Ao aproximar compradores internacionais das comunidades extrativistas e dos produtores locais, o programa legitima os produtos amazônicos no mercado global, destacando-os não apenas pelo valor econômico, mas também pela identidade socioambiental.
Para o Acre, os ganhos vão além dos contratos: significam visibilidade internacional, estímulo à economia local, geração de empregos e fortalecimento das cadeias produtivas, sempre em sintonia com a preservação da floresta.
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