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Exporta Mais Amazônia supera a marca de R$ 100 milhões em negócios e fortalece a imagem da região no mercado internacional

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De 28 de setembro a 1º de outubro de 2025, Rio Branco sediou a 40ª edição do Exporta Mais Amazônia, promovido pela ApexBrasil em parceria com o Sebrae. O evento reforçou o papel da Amazônia como fornecedora de produtos sustentáveis para o mercado global e alcançou o maior resultado de sua história: R$ 101,5 milhões (US$ 17,8 milhões) em expectativas de negócios.

Uma imersão na floresta e nas cadeias produtivas

O programa teve início no dia 28, com uma experiência sensorial no Seringal Cachoeira, em Xapuri. Ali, 25 compradores de 18 países participaram de uma imersão conduzida por lideranças comunitárias, seringueiros e cooperativas locais, conhecendo de perto o modo de vida extrativista e a biodiversidade amazônica.

Em seguida, a programação em Rio Branco contou com seminários, visitas técnicas e duas rodadas intensas de negócios, que somaram 337 reuniões comerciais, cada uma com cerca de 30 minutos. Ao todo, 76 empresas da região Norte, sendo 44 do Acre, apresentaram seus produtos a importadores interessados em setores como açaí, café robusta, castanha-do-brasil, farinha de mandioca, frutas processadas, carnes e artesanato.

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Resultados históricos

O balanço consolidado da ApexBrasil confirma que esta foi a edição mais bem-sucedida do Exporta Mais Amazônia:

  • Artesanato: R$ 6,6 milhões (US$ 1,2 milhão)
  • Proteína animal (bovina e suína): R$ 4,4 milhões (US$ 775 mil)
  • Outros alimentos e bebidas (açaí, cafés, castanhas, farinha, frutas): R$ 90,5 milhões (US$ 15,9 milhões)
  • Total: R$ 101,5 milhões (US$ 17,8 milhões)

Entre os países compradores, os destaques foram:

  • China: R$ 63 milhões
  • Bulgária: R$ 8,5 milhões
  • Emirados Árabes Unidos: R$ 6,3 milhões

Um dos exemplos emblemáticos foi o acordo com a rede chinesa de fast-food Mixue, que atua na compra de frutas, especialmente açaí, e firmou negócios de US$ 10 milhões (mais de R$ 50 milhões) para os próximos 12 meses.

Impactos e simbolismo

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, comemorou os resultados, lembrando que eles confirmam a trajetória ascendente do Acre no comércio exterior:

“O Acre ultrapassou US$ 87 milhões em exportações em 2024 e já alcançou cerca de US$ 70 milhões na metade de 2025. Agora, com os resultados do Exporta Mais, temos condições de superar os US$ 100 milhões no próximo ano. Mais do que números, estamos consolidando a imagem da Amazônia como provedora de produtos sustentáveis e de alta qualidade para o mundo”.

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O Exporta Mais Amazônia reforça a estratégia de aliar negócios à sustentabilidade. Ao aproximar compradores internacionais das comunidades extrativistas e dos produtores locais, o programa legitima os produtos amazônicos no mercado global, destacando-os não apenas pelo valor econômico, mas também pela identidade socioambiental.

Para o Acre, os ganhos vão além dos contratos: significam visibilidade internacional, estímulo à economia local, geração de empregos e fortalecimento das cadeias produtivas, sempre em sintonia com a preservação da floresta.

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Deputada Meire Serafim ignora entidades acreanas e entrega execução de emendas a ONG da Bahia, deixando o Acre à mercê da própria sorte

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A deputada federal Meire Serafim (União Brasil) destinou mais de R$ 20 milhões em emendas parlamentares para projetos em áreas estratégicas como saúde, esporte e inclusão produtiva no Acre. À primeira vista, pareceria uma boa notícia. No entanto, o que causa espanto é a forma como a parlamentar decidiu aplicar os recursos: em vez de fortalecer entidades e órgãos do próprio Acre, a execução ficará nas mãos de uma ONG sediada em Salvador (BA), a Associação de Proteção e Amparo à Saúde (APAS).

Ou seja, o dinheiro até chega ao Acre, mas quem decide como será gasto, quem contrata e quem aplica cada centavo é uma entidade de fora, sem raízes na realidade acreana. Isso levanta questionamentos: por que não valorizar associações locais, universidades, secretarias municipais ou até mesmo entidades tradicionais da região?

Emendas milionárias sem controle local

Os extratos do sistema Transferegov, aprovados em setembro de 2025, mostram que Meire Serafim preferiu concentrar todos os repasses na ONG baiana. Assim, a APAS será responsável pela aplicação integral dos valores em áreas como:

  • Saúde pública no Vale do Juruá: R$ 8,93 milhões para combate à malária, com base operacional em Cruzeiro do Sul.
  • Esporte e inclusão: R$ 8,91 milhões para o projeto “Esporte Total”, que prevê atender 4 mil jovens em cinco municípios com futebol, muay thai e jiu-jitsu.
  • Projetos sociais e produtivos em outras frentes, totalizando os R$ 20 milhões.
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Embora os objetivos sejam importantes, o fato de que nenhuma entidade acreana ficará responsável pela execução demonstra desprezo pela capacidade de organização do próprio povo do Acre.

Deputada deixa Acre dependente de terceiros

A postura da deputada reforça a crítica recorrente de que parte da bancada acreana em Brasília trabalha mais para interesses externos do que para fortalecer o estado. Enquanto comunidades, associações de moradores, sindicatos e organizações locais lutam por recursos e enfrentam dificuldades para manter projetos sociais, a deputada envia dinheiro público para uma ONG de fora gerir os recursos que deveriam gerar emprego e desenvolvimento dentro do Acre.

Na prática, Meire Serafim coloca os acreanos em posição de dependência, como se não houvesse competência dentro do próprio estado para administrar políticas públicas. Um contrassenso para quem foi eleita justamente para defender e representar os interesses da população do Acre.

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