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STJ fecha portas para manobras da defesa de Gladson Cameli, reafirma validade dos relatórios do COAF e alerta: o uso de novos recursos meramente protelatório poderá acarretar multa

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A mais recente tentativa dos advogados do governador afastado Gladson Cameli de suspender o processo que corre contra ele no Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi rechaçada de forma categórica pela Corte Especial. O recurso buscava questionar a utilização dos Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) produzidos pelo COAF, documentos centrais nas investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

A defesa de Cameli alegava que tais relatórios só poderiam ser acessados com autorização judicial e apontava supostas irregularidades em decisões anteriores. Mas o STJ foi enfático: o tema já havia sido analisado quando da aceitação da denúncia e não cabe, nesta fase, rediscutir provas ou criar entraves para retardar o processo.

A relatora, ministra Nancy Andrighi, foi clara ao rejeitar os embargos de declaração, destacando que não havia omissão, contradição ou obscuridade na decisão anterior. Para o STJ, o recurso representava apenas “mero inconformismo” da defesa com os fundamentos já adotados.

Em sua decisão, Andrighi também lembrou que a própria Suprema Corte, em decisão do ministro Alexandre de Moraes, já havia delimitado que não há risco de paralisação das investigações quando o Ministério Público ou a Polícia Federal requisitam diretamente informações ao COAF ou à Receita Federal, desde que respeitados os requisitos legais e o sigilo.

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Decisões recentes dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino reforçam essa interpretação, reconhecendo como legítima a atuação das autoridades investigatórias.

Além de rechaçar os argumentos, a ministra deixou um alerta: o uso de novos recursos com caráter meramente protelatório poderá acarretar multa. Ou seja, a estratégia da defesa de empurrar o processo para frente pode sair ainda mais cara.

Na prática, o julgamento do STJ enfraquece mais uma tentativa de blindagem de Cameli, que segue pressionado por denúncias de corrupção e desvio de recursos públicos. Ao rejeitar as manobras jurídicas, o tribunal sinaliza que não aceitará atrasos artificiais em processos de tamanha gravidade.

Enquanto isso, a população do Acre continua à espera de respostas concretas sobre os escândalos que envolvem o governador afastado. O processo avança, e cada derrota judicial da defesa de Cameli reforça a tese de que a Justiça não se curvará a expedientes protelatórios.

Clique aqui e veja na íntegra o voto Ministra Nancy

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Com passaporte apreendido pelo STJ, Gladson Cameli manda Mailza lhe representar na semana do Clima em Nova York

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Para um governador conhecido por gostar de viajar, como é o caso de Gladson Cameli (PP), ficar de fora de uma agenda internacional como a que acontece entre os dias 21 e 27 de setembro, em Nova York (EUA), deve soar como um verdadeiro castigo. Trata-se da 17ª Semana do Clima, um dos eventos mais relevantes do planeta no debate sobre mudanças climáticas e políticas ambientais, onde a participação dos estados amazônicos é considerada fundamental.

No entanto, este ano, quem representará o Acre na comitiva será a vice-governadora Mailza Assis (PP). O motivo? Cameli está impedido de deixar o país, já que seu passaporte foi apreendido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em decorrência das medidas cautelares da Operação Ptolomeu, que investiga um dos maiores esquemas de corrupção envolvendo o governo acreano.

A ausência de Gladson Cameli nesse evento internacional não é apenas protocolar: ela é simbólica. Em um momento em que a Amazônia está no centro das discussões globais sobre preservação e desenvolvimento sustentável, o Acre — um dos estados que compõem esse bioma vital — chega enfraquecido, sem o governador. A representação fica a cargo da vice, Mailza Assis, que terá a difícil missão de dar explicações e mostrar presença em um debate no qual o titular do cargo se encontra impossibilitado de comparecer.

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O governador acreano vive dias de tensão. Cameli perdeu todos os recursos na Justiça em tentativas de reverter as medidas cautelares impostas pelo STJ. Isso significa que seu julgamento pode ser marcado a qualquer momento. A Operação Ptolomeu apura crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, envolvendo contratos milionários e suposto desvio de recursos públicos durante sua primeira gestão.

O fato é que, enquanto outros governadores buscam construir pontes e firmar compromissos internacionais em favor do meio ambiente, Gladson Cameli se vê encurralado pelas próprias contradições e pelos processos que ameaçam não apenas sua imagem, mas também sua permanência no poder.

Para além do aspecto jurídico, a situação tem consequências diretas no campo político. Um governador impossibilitado de viajar ao exterior e de dialogar em fóruns internacionais coloca o Acre em posição secundária no cenário de cooperação climática. Isso compromete possíveis investimentos e acordos voltados para o desenvolvimento sustentável, em um estado que depende fortemente de parcerias e políticas ambientais integradas.

Enquanto isso, os adversários políticos ganham munição para reforçar a imagem de um governo acuado, sem rumo e cada vez mais associado a escândalos de corrupção.

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O caso revela como a trajetória de Gladson Cameli se encontra atrelada ao avanço da Operação Ptolomeu. Mais do que a impossibilidade de participar de uma viagem, o episódio escancara a fragilidade de um governo marcado por denúncias, derrotas judiciais e o risco iminente de julgamento.

Em tempos em que o mundo cobra compromissos sérios com o meio ambiente, o Acre, por culpa de seu governador, chega fragilizado a um dos palcos mais importantes da diplomacia climática.

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