Política
TCE-AC e MPC são homenageados pela Academia Acreana de Letras em celebração à cultura, ao conhecimento e ao serviço público
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Em uma manhã marcada por emoção, sensibilidade e valorização do saber, o Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) e o Ministério Público de Contas (MPC) receberam, nesta terça-feira, 11 de novembro, a Sessão Solene de Moção de Aplausos promovida pela Academia Acreana de Letras (AAL). A cerimônia reuniu autoridades, acadêmicos, servidores e representantes da sociedade civil para celebrar personalidades que contribuem significativamente para o desenvolvimento intelectual e institucional do Estado.
Foram homenageadas a presidente do TCE-AC, conselheira Dulcinéa Benício, a procuradora do Ministério Público de Contas, Anna Helena de Azevedo Lima, a secretária de Controle Externo, Fernanda Santana e a coordenadora de Cerimonial do TCE-AC, Lina Grasiela, reconhecimento que reforça o papel das instituições de controle e do serviço público na promoção do desenvolvimento, da cidadania e da cultura.
A programação integra as comemorações pelos 88 anos da Academia e incluiu apresentações culturais, reforçando o compromisso das instituições com a inclusão e com a democratização da cultura.
“Um tributo à palavra e ao conhecimento”, afirma presidente Dulce Benício
“Este é um momento singular na história do Tribunal. Trata-se de um verdadeiro tributo à palavra, pois a nossa sociedade necessita, mais do que nunca, da presença viva da cultura.”
Em sua mensagem, a presidente destacou o papel formativo e civilizatório da cultura:
“Não é possível pensar em desenvolvimento e inclusão social sem pensar em cultura. É com grande alegria que nos aproximamos da Academia Acreana de Letras, instituição que, como um farol, deve continuar a iluminar a nossa sociedade”.
A presidente reforçou a importância e a força transformadora do saber:
“A Academia precisa brilhar, falar e compartilhar com todos o seu conhecimento e a sua sabedoria. Este é um momento especial em que celebramos uma das mais poderosas ferramentas de desenvolvimento e inclusão social: o conhecimento”.
Ao agradecer a honraria, a conselheira Dulce Benício fez questão de transformar sua homenagem em um gesto coletivo, estendendo o reconhecimento a todos os que constroem diariamente o Tribunal de Contas. Em um tom emocionado, ela ressaltou que a honraria reflete o espírito de dedicação e compromisso da instituição:
“Recebo esta moção com gratidão profunda, mas ela não é minha, é nossa. Ela pertence a cada conselheira, a cada conselheiro, a cada servidora e servidor que, com zelo e dedicação, fortalece esta Casa e a torna um instrumento de dignidade e de cuidado com o bem público. O Tribunal de Contas é feito de pessoas que acreditam no Acre, que sonham com uma gestão mais sensível, mais humana e mais próxima da sociedade. Este reconhecimento celebra essa construção coletiva e o compromisso de servirmos não apenas com técnica, mas com alma”.Diálogo entre instituições que defendem o futuro do Acre
Mais do que uma homenagem, o ato simbolizou o encontro entre duas forças essenciais para o progresso: a cultura e o controle social, unindo literatura, reflexão, ética e compromisso público. A solenidade reafirmou o papel estratégico das instituições no fortalecimento da democracia, da educação e da cidadania.Presidente da AAL destaca o papel do TCE como guardião da sociedade
O presidente da Academia Acreana de Letras, Adalberto Queiroz de Melo, destacou a importância da aproximação entre a literatura e as instituições democráticas:
“Ao reconhecer estas mulheres que servem ao Acre com integridade e excelência, celebramos também o compromisso desta Casa com a educação, a cultura e a memória. O Tribunal de Contas tem sido um parceiro valioso da Academia e um guardião dos interesses sociais do nosso Estado. É uma honra estar aqui e partilhar este momento de grande significado para todos nós”.
Lançamento de obra que celebra superação, fé e sentido da vida
A solenidade também marcou o lançamento do livro “A Virada Existencial – Os Caminhos de Volta para a Essência do Ser”, do professor e acadêmico Manoel Coracy Saboia Dias, obra que reúne testemunhos marcantes de transformação e reconstrução pessoal.
“Este livro reúne vidas que se reergueram e encontraram sentido no amor, no saber e na fé. Estar aqui, no Tribunal, celebrando a palavra e o espírito humano, é reafirmar o compromisso desta instituição com a dignidade e com o avanço da sociedade acreana. Agradeço ao TCE-AC pela parceria e acolhida”.
Após a cerimônia, o autor recebeu convidados no Salão Nobre para sessão de autógrafos, em clima de alegria, reconhecimento e confraternização.

Política
“Não estamos preparados para a crise climática”, diz deputada Socorro Neri ao comentar desconhecimento sobre a COP30

“A maioria sente na pele, mas não está preparada para lidar com a crise climática”, diz Socorro Neri
Em plena COP30, em Belém (PA), uma pesquisa da Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME), em parceria com o Equidade.info? mostra que apenas 1 em cada 10 estudantes brasileiros sabe o que é a conferência.
O levantamento, feito entre agosto e setembro de 2025, evidencia um baixo nível de conhecimento sobre mudanças climáticas e alerta para o fracasso na implementação efetiva da Lei 14.926/2024, que determina a obrigatoriedade da educação climática no país.
Embora sete em cada dez alunos afirmem ter ouvido falar em mudanças climáticas, só um terço consegue explicar o conceito. Outro terço admite não entender nada sobre o tema.
Entre os professores, 69% avaliam que as escolas não preparam os estudantes para lidar com os impactos do aquecimento global.
“A maioria já sente na pele o calor excessivo, a falta de água, as enchentes, mas não se sente preparada para lidar com isso. E só uma parte muito pequena sabe o que é a COP30″, aponta a deputada Socorro Neri (PP-AC), integrante da Frente da Educação.
Segundo ela, isso acende um alerta: “Educação climática não é detalhe, é assunto central, que precisa ser implementado de verdade nas redes de ensino, e não ficar só no discurso”.
Desigualdades regionais
A pesquisa também revela fortes desigualdades regionais. O Norte lidera em informação sobre a conferência — 27% dos estudantes e 77% dos professores conhecem o tema. No Nordeste, os índices são os mais baixos: 4% dos alunos e 52% dos docentes.
Em contraste, Goiás surpreende ao registrar níveis de conhecimento superiores aos do Pará, sede do evento.
Outro dado relevante é a diferença entre redes de ensino: alunos de escolas privadas têm quatro vezes mais conhecimento sobre a COP30 do que os da rede pública.
Entre os docentes, 53% afirmam não ter suporte pedagógico para tratar do assunto e dois terços dos gestores reconhecem que o tema ainda é pouco explorado nos planejamentos escolares.
Geração sem preparo ambiental
O professor Guilherme Lichand, coordenador do Equidade.info e docente da Stanford Graduate School of Education, alertou para o risco de uma geração sem preparo ambiental, já que a pesquisa mostra que 20% dos estudantes de escolas públicas dizem não saber como cuidar do planeta.
“Quando mencionam ações sustentáveis, a maioria cita atitudes individuais, como tomar banho mais rápido ou separar o lixo, e não mudanças estruturais, como a redução da poluição industrial ou incentivos a tecnologias verdes”, destaca.
A discussão ganha força com a Lei 14.926/2024, que obriga o ensino sobre mudanças do clima e proteção da biodiversidade a partir deste ano. No entanto, a aplicação ainda é tímida. E cria certo cetismo diante de outros projetos em tramitação no Congresso que pretendem ampliar políticas de formação docente e integrar a educação ambiental à saúde e à justiça climática.
“Professor e escola não precisam de mais cobrança, precisam de apoio. Falta formação continuada, material didático acessível e tempo no currículo. Se o professor tem suporte, ele transforma o tema em projeto, em debate, em algo conectado à realidade da comunidade”, argumenta Socorro Neri.
O levantamento ouviu 3.127 alunos, 372 professores e 210 gestores de 198 escolas públicas e privadas em todas as regiões do país.
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