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Prefeito Bocalom afunda transparência e mantém contrato nebuloso com empresa Ricco Transportes, denuncia vereador André Kamai

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A sessão da Câmara Municipal voltou a expor o ponto mais frágil da gestão de Tião Bocalom: a falta de transparência. O vereador André Kamai (PT) foi direto ao criticar a omissão da prefeitura e a manutenção de um contrato obscuro com a empresa Ricco Transportes, que opera em Rio Branco sem compromisso claro com melhorias no sistema de ônibus.

“Quando votamos o empréstimo para a compra dos ônibus, pedimos transparência. Sempre foi sobre transparência”, destacou Kamai. “Disseram que em menos de 20 dias teríamos o edital refeito e publicado. Até hoje, nada. Nem eu, nem os colegas recebemos qualquer documento”.

O parlamentar lembrou que, segundo estudo da USP, Rio Branco ocupa o último lugar entre as capitais brasileiras em transparência pública. Para ele, a prefeitura insiste em esconder informações da população e do Legislativo. “A prefeitura chama de transparência colocar câmera em obra. Isso não é transparência. Transparência é mostrar onde está o dinheiro do subsídio e para onde ele vai”, afirmou.

Kamai também questionou a legalidade da atuação da Ricco Transportes, que, segundo ele, opera de forma “clandestina”, sem apresentar garantias de renovação de frota ou de qualidade mínima no serviço. “Estamos discutindo repassar mais dinheiro para uma empresa que entrou de forma irregular, sem se comprometer em renovar frota ou garantir qualidade mínima ao usuário. Isso é inaceitável”.

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Outro ponto grave levantado pelo vereador é a distorção nas planilhas de custos usadas para justificar a tarifa. A prefeitura calcula depreciação sobre ônibus zero quilômetro avaliados em R$ 1,3 milhão, quando a frota que roda na cidade tem, em média, de 7 a 10 anos de uso. “Aqui, com números, não se brinca. Desafio qualquer técnico da RBTrans a vir explicar cada índice dessa planilha diante da população. Duvido que consigam sustentar”.

A crítica não veio só de Kamai. O vereador Fábio Araújo reforçou que o Executivo mente ao dizer que o subsídio não interfere na tarifa. “Isso é mentira. Subsídio faz parte, sim, da tarifa social que o prefeito implanta. Estamos enganando o povo com discursos que não correspondem à realidade”.

No plenário, Kamai encerrou com firmeza: “Não confundam o debate. Ninguém aqui está defendendo aumento de passagem. O que defendemos é o direito da sociedade de saber como e onde seu dinheiro está sendo gasto. Estamos discutindo transparência. Só isso”.

A fala do petista expõe o que Bocalom tenta encobrir: um contrato opaco, um sistema de transporte que segue sucateado e uma prefeitura que se recusa a tratar o Legislativo e a população com a seriedade que o tema exige.

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Morador do ramal Copaíba faz o que a Prefeitura de Bujari não faz: produtor rural usa próprio trator para garantir acesso antes do inverno

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Morador do ramal Copaíba faz o que a Prefeitura de Bujari não faz: produtor rural usa próprio trator para garantir acesso antes do inverno

Cansados de esperar pela gestão do prefeito Padeiro, moradores do município de Bujari já começam a tomar suas próprias providências para não ficarem isolados durante o inverno amazônico. Um exemplo claro da negligência da administração municipal vem do produtor rural Juliano, mais conhecido como Carrasco, que decidiu usar o próprio trator para recuperar trechos críticos de um bueiro, abandonado há pelo menos dois anos pela prefeitura.

Em um vídeo gravado no local, Juliano desabafou sobre a situação: “Hoje eu, Juliano, conhecido aqui como Carrasco, morador do ramal Copaíba, produtor, pecuarista, de tudo um pouco. Olha aí, ó. Serviço que era pra Prefeitura de Bujari tá fazendo, né? Nosso ramal. Limpando as bueiras, estamos no início do inverno e o trem tá tudo abandonado. Eu, que sou produtor rural, não ganho nada, não tenho nenhuma parceria com a prefeitura. Tenho pouco recurso, mas tô aqui resolvendo esse problema. Enquanto isso, a prefeitura, com tanto maquinário de terraplanagem, some. O ramal Copaíba tá com dois anos sem nenhum melhoramento”.

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O produtor ainda ironizou o abandono da gestão municipal: “Não sou prefeito, não sou vereador, não sou nada. Sou apenas um pecuarista que gosta de andar em estrada boa. Mas o que nós não temos”.

A fala de Juliano expõe o descaso da administração do prefeito Padeiro, que, mesmo com maquinário e recursos públicos disponíveis, deixa a população rural entregue à própria sorte. O ramal Copaíba, fundamental para o escoamento da produção agrícola e para o transporte das famílias, corre o risco de ficar intrafegável nos próximos meses de chuva intensa.

Enquanto o inverno se aproxima, quem deveria agir para prevenir o isolamento das comunidades não aparece. O produtor rural, com recursos limitados, fez em um dia o que a Prefeitura de Bujari não faz há anos.

Esse caso é mais um retrato da realidade vivida por centenas de famílias que moram e produzem em ramais abandonados pelo poder público. Se não fosse pela iniciativa individual de moradores como Juliano, muitos trechos já estariam completamente intransitáveis.

Enquanto isso, a gestão municipal segue em silêncio, sem dar respostas nem mostrar ações concretas. A população de Bujari começa a se perguntar: de que adianta ter prefeito se são os próprios moradores que precisam fazer o papel da prefeitura?

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