RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

Política

Vereador André Kamai questiona constitucionalidade do projeto que cria mais cargos na Prefeitura de Rio Branco

Publicados

Política

Parlamentar votou contra o aumento de cargos comissionados, mas projeto foi aprovado – Fotos: Paulo Murilo

Em uma postura firme, o vereador André Kamai (PT) se posicionou contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) do Executivo Municipal, aprovado pela Câmara de Rio Branco, que amplia o número de cargos comissionados na administração pública.

O vereador questionou abertamente a constitucionalidade da proposta e criticou a prioridade dada à criação de novos cargos em um momento em que a cidade enfrenta sérios problemas estruturais e sociais.

“Eu votei contra esse projeto na Comissão de Constituição e Justiça, pois a proposta contém traços claros de ilegalidade. A gestão não pode simplesmente aumentar o número de cargos comissionados sem justificativas concretas e sem respeitar a legislação. A criação de cargos deve ser estabelecida por lei específica, e não é o que está sendo feito aqui. Isso, além de ser questionável do ponto de vista jurídico, traz impactos financeiros desnecessários, enquanto a população de Rio Branco enfrenta problemas reais”, afirmou Kamai.

Durante sua intervenção, o vereador destacou a crise de abastecimento de água, as ruas destruídas, as alagações e o transporte coletivo sucateado como questões urgentes que a gestão precisa priorizar. “A população está esperando uma solução para esses problemas e não para mais cargos. Isso demonstra claramente as prioridades equivocadas da gestão”, criticou.

Leia Também:  Orçamento de R$ 150 milhões de reais e muito poder acirram disputa pela Mesa Diretora da Aleac

Kamai também afirmou que a decisão da Câmara de aprovar o projeto, mesmo com a recomendação contrária da Procuradoria da Casa, é um reflexo da falta de fiscalização e controle sobre o Executivo. “Não podemos permitir que a Câmara se torne apenas um órgão que aprova tudo o que vem do Executivo. A nossa função é fiscalizar, questionar e garantir que as ações da gestão estejam de acordo com os interesses da população”, disse o vereador.

O vereador questionou, ainda, o fato de o Executivo dar prioridade à criação de cargos comissionados, em vez de resolver as questões estruturais e de serviços essenciais. “O prefeito já nomeou mais de 1.500 pessoas, mas isso não resolve os problemas reais da cidade. A população quer saber quando teremos melhorias na saúde, educação e infraestrutura, não mais cargos em uma gestão que não tem dado respostas concretas”, disse.

Em sua declaração de voto, Kamai reiterou ainda que, embora a Câmara tenha uma base que apoia a administração, ele não aceitará que se passe por cima dos direitos da população. “Não vou me calar. A população de Rio Branco está esperando ações concretas e não promessas vazias”, finalizou.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Política

Em reunião, governo garante implementação do licenciamento e compensação ambiental, frutos de leis elaboradas pela Aleac

Publicados

em

A pedido dos deputados Eduardo Ribeiro (PSD), Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Pedro Longo (PDT), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) discutiu a respeito da implementação do licenciamento ambiental online e a compensação ambiental, frutos de leis criadas a partir de uma comissão especial e aprovadas em 2024 na Casa Legislativa.

O primeiro a falar foi o deputado Pedro Longo (PDT). Ele frisou que aos poucos está sendo atingido os objetivos com as legislações que estão em vigor. “Ao que toca ao licenciamento, é buscar mais agilidade, simplificação, dispensa de procedimentos que não sejam absolutamente necessários até como forma de fazer com que o nosso Estado possa obter ganho de produtividade, especialmente as atividades rurais, mas também industriais e do comércio”, explicou Longo.

O diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), André Hassem, ressaltou que até maio o novo sistema de licenciamento online estará no ar. “O Instituto vem há cerca de um ano trabalhando com o novo sistema de licenciamento do Estado e com isso, com a implementação da lei, que é a parte online, nós estamos buscando para que daqui para o mês de maio, nós estaremos, além da sede nova, com o novo sistema licenciamento onde tudo vai ser feito online. Então, não vamos mais ter problema com papel, vai acabar a parte do papel”, revelou.

Leia Também:  Deputada Leila Galvão destaca agenda no TJAC para realização do Projeto Cidadão no Alto Acre

Edvaldo Magalhães ressaltou que a simplificação do licenciamento é um ganho para a sociedade. O deputado comentou, também, a respeito da compensação ambiental. “A maior parte do que nós produzimos está em vigor e agora temos que fazer um esforço enorme para se produzir os resultados. Quando tratamos sobre simplificação, com modernização, para alguns é abrir a porteira, e não é verdade. Nós trabalhamos com modernização para que a gente tenha estrutura capaz de resolver a vida de quem quer andar com menos atraso. Quem hoje quer investir seja nas cadeias produtivas, seja na industrialização tem muita dificuldade. Não queremos e não defendemos a ausência de regras”, disse Edvaldo Magalhães.

“Com relação à compensação, eu penso que temos um instrumento que se houver uma boa parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente, Imac e Incra, vai permitir aumentar o estoque de florestas públicas, porque o Incra arrecada áreas nas cabeceiras dos rios, em uma região que não tem acesso e essas áreas poderão ser incorporadas ao conjunto de estoque do Estado e a gente com o processo e a legislação que aprovamos aqui, fazer aquilo que o Código Florestal prevê, que é a compensação ambiental”, ressaltou Magalhães.

Leonardo Carvalho, secretário de Estado de Meio Ambiente, defendeu a contratação de mais servidores para atuar na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e no Instituto de Meio Ambiente do Estado do Acre (Imac).

Leia Também:  Orçamento de R$ 150 milhões de reais e muito poder acirram disputa pela Mesa Diretora da Aleac

“A gente vê um grande desenvolvimento do estado nessa área. O grande gargalho hoje é atender essas grandes demandas. Outros órgãos cresceram, mas a Secretaria de Meio Ambiente e o Imac, precisam de orçamento, de apoio, precisa de gente. Uma das grandes dificuldades nossa, dentro da lei de Responsabilidade Fiscal, é fazer contratação”, ressaltou ao falar que está elaborando uma instrução normativa que tratará diretamente da compensação ambiental: “para receber e tramitar, fazer as autorizações específicas para a composição de reserva legal”.

Representando o setor produtivo, Tícia Veloso, disse que é preciso avançar na normalização. “ A aprovação das leis foi um grande passo, no entanto, a gente precisa que elas comecem a serem implementadas. A gente busca simplificar o procedimento e trazer celeridade”.

Encerrando a reunião, o deputado Eduardo Ribeiro disse que a causa ambiental e o desenvolvimento sustentável do Acre têm sido pautas presentes na Assembleia Legislativa. “Essa é uma luta dessa Assembleia Legislativa, o que pudermos ajudar na questão orçamentária, de trabalho, contem conosco. Talvez tenha sido uma das audiências mais importantes para o desenvolvimento sustentável do Acre”.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

EDUCAÇÃO

CONCURSO

ESPORTE

MAIS LIDAS DA SEMANA