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Ações com o Exército na fronteira amazônica apreendem mais de R$ 143 milhões no primeiro trimestre

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Tropa da Selva, um dos principais agentes das ações públicas da União em defesa do território amazônico – Foto: Exército Brasileiro/ divulgação

O Comando Militar da Amazônia (CMA) intensificou, no primeiro trimestre de 2025, as operações em toda a sua área de responsabilidade, fortalecendo a presença do Estado Brasileiro em áreas estratégicas da Amazônia Ocidental. As operações conduzidas na faixa de fronteira tiveram como alvo principal os delitos transfronteiriços e ambientais. Os esforços resultaram em R$143,2 milhões em resultados tangíveis, contabilizando as apreensões, multas e lucros cessantes.

As ações subsidiárias integradas ocorreram em pontos sensíveis da faixa de fronteira, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima. Elas mobilizaram mais de 4.200 militares do Exército, em coordenação com órgãos de segurança pública e agências governamentais, como a Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal (PRF), secretarias estaduais de segurança e institutos ambientais estaduais.

Os resultados refletem o impacto das operações preventivas e repressivas de combate aos ilícitos, com destaque para o enfrentamento ao garimpo ilegal, ao tráfico de drogas e de armas, ao contrabando, à extração ilegal de madeira e à ocupação irregular em terras indígenas. Parte significativa das apreensões ocorreu no interior do estado do Amazonas, com ênfase nas regiões do Alto Rio Negro e Vale do Javari.

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Entre as ações desencadeadas, destaca-se a continuidade da Operação Catrimani II, cujo foco é o apoio à desintrusão da terra indígena Yanomami, em Roraima. A operação é realizada em articulação com a Casa de Governo, órgão vinculado à Casa Civil do Governo Federal, e visa a garantir o cumprimento das medidas de proteção ao território indígena, combater a presença de invasores e assegurar o atendimento às comunidades locais.

No Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país e uma das regiões mais remotas da Amazônia, o CMA mantém atuação constante por meio de patrulhamentos fluviais e terrestres, além de ações conjuntas com a FUNAI, o ICMBio e a Polícia Federal.

Resultados Operacionais

Ao longo do primeiro trimestre de 2025, foram apreendidos:

1.414,5 kg de skunk e 30 kg de pasta base de cocaína;

33 dragas empregadas na extração clandestina de ouro e outros minérios;

42,4 toneladas de cassiterita, minério de alto valor utilizado na indústria eletrônica;

323 motores e 67 geradores, além de 30 veículos, incluindo escavadeiras, quadriciclos e embarcações;

33 armas de fogo de diversos calibres e munições de uso restrito;

35 mil litros de combustível, elementos utilizados nas práticas de garimpo e tráfico;

R$ 24 milhões em espécie (com a interrupção das atividades ilegais, estimam-se ainda R$ 25,1 milhões em lucros cessantes estimados);

Multas aplicadas que somam mais de R$ 236 mil por infrações ambientais.

Atuação permanente e coordenação interagências

O êxito das operações é atribuído à atuação coordenada para o emprego simultâneo de quatro Brigadas de Infantaria de Selva subordinadas ao CMA — localizadas em São Gabriel da Cachoeira (AM), Tefé (AM), Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO) —, que ocupam áreas estratégicas e atuam em regiões de difícil acesso, onde a presença do Estado se faz ainda mais necessária.

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A integração entre os diversos órgãos envolvidos permite respostas mais rápidas e eficazes diante das ameaças à soberania nacional, à integridade dos povos indígenas e à preservação da floresta amazônica. O uso de meios logísticos terrestres, fluviais e aéreos, aliados à expertise dos batalhões de selva, garante capilaridade às ações em áreas remotas.

Compromisso com a Amazônia

A atuação do Comando Militar da Amazônia se dá não apenas no campo operacional, mas também no apoio às políticas públicas, no resgate de valores cívicos e na promoção da cidadania em regiões de vulnerabilidade. As operações de combate aos crimes transfronteiriços caminham ao lado de ações humanitárias, como apoio à saúde indígena, transporte de vacinas e atendimentos médicos em comunidades isoladas.

Ao intensificar a presença nos pontos críticos da Amazônia Ocidental, o CMA reafirma o compromisso com a defesa da soberania nacional, o combate aos crimes ambientais e o respeito à diversidade cultural e ambiental da região. O esforço permanente das tropas do Exército Brasileiro, em parceria com os demais órgãos, representa uma resposta firme e coordenada às ameaças que pairam sobre um dos patrimônios naturais mais importantes do planeta. (Exército Brasileiro)

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Acusado de matar mulher a golpes de foice no Bujari pega mais de 30 anos de prisão por feminicídio

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Suspeito de matar Francisa Alves Ribeiro com uma foice foi preso no Bujari nesta terça-feira (1º) — Foto: Asscom/ Polícia Civil

A Justiça do Acre condenou a mais de 30 anos de prisão Antônio Eri Campos Veloso, de 60 anos, pela morte de Francisca Alves Ribeiro, de 39 anos, mulher dele na época do crime. Francisca foi assassinada a golpes de foice em julho de 2023 na cidade do Bujari.

O julgamento ocorreu na Vara Única da Comarca de Bujari no último dia 10. O acusado pegou 31 anos e 3 meses por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição do sexo feminino, caracterizando o feminicídio.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado. Ele não pode recorrer em liberdade e segue preso no Complexo Prisional de Rio Branco.

Crime

Testemunhas relataram que o casal foi visto em um bar na noite do crime e Francisca deixou o local logo após o marido. Pela manhã, a Polícia Militar foi até o estabelecimento e o suspeito informou aos policiais que foi ele quem encontrou o corpo de Francisca.

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As testemunhas informaram ainda que o homem voltou ao local por volta das 8h30 e pediu ajuda, pois teriam matado sua esposa.

Ao ouvi-lo, a PM percebeu que o homem possuía respingos de sangue na camisa e, por isso, decidiu levá-lo para a delegacia. A polícia também foi até a casa dele, onde encontrou uma foice com cabo de madeira sujo de sangue.

O corpo foi encontrado por populares, coberto por um lençol na manhã de 29 de julho. Antônio Eri chegou a ser levado para a delegacia do município no dia seguinte ao crime, prestou depoimento e foi liberado.

Naquela ocasião, ele não ficou preso por não haver indícios suficientes que o incriminasse. Após investigações, a Polícia Civil pediu a prisão temporária do homem, que foi capturado na Estrada do Mutum, bairro Alto Acre, no Bujari. (Do G1 Acre)

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