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Pai de três filhos, professor acolhe crianças em vulnerabilidade social: ‘me sinto realizado’

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O professor Francisco Ferreira, de 58 anos, é aquela pessoa que nasceu com vocação para ser pai. O instinto paterno é tão latente que ultrapassa os laços sanguíneos e o faz se doar e acolher crianças em vulnerabilidade social que precisam de um lar provisório e voltar a se reconhecer em um seio familiar saudável. Do G1 Acre.

Desde de 2016, ela e a mulher são inscritos no projeto Família Acolhedora, de voluntários que acolhem crianças em suas casas, oferecendo cuidado integral e convivência familiar e comunitária em regime de guarda provisória às crianças que, por algum motivo, precisam ser afastadas dos pais biológicos.

Essas crianças ficam com essas famílias até que um novo parente seja encontrado e fique responsável por elas ou, caso isso não ocorra, até que sejam encaminhadas para um abrigo para serem adotadas.

Pai de três filhos; de 22, 18 e 10 anos, católico fervoroso, ele disse que participou de uma palestra e se sensibilizou com o projeto. Ao lado de Marisete, com quem é casado há 25 anos, aceitou o desafio de distribuir mais amor, muitas vezes para crianças que têm marcas tão profundas – como abusos e agressões.

“A gente está preparado para esse acolhimento sabendo que toda criança vem com algum trauma, então, o que a gente tem que fazer é dar muito amor, atenção para elas, tratar com dignidade para conquistá-las para o nosso lado. Essas crianças chegam com sequelas inimagináveis, então, passamos segurança no dia a dia delas. É a mesma coisa que fazemos com nossos filhos”, diz.

Ferreira conta que o lar provisório deve ser de receptividade, segurança, acima de tudo amor, mas também disciplina e regras básicas de convívio familiar, porque a criança precisa se sentir dentro de um ambiente organizado.

“Aqui elas seguem regras como em qualquer casa. As crianças chegam tão traumatizadas e depois sentem até vontade de ficar mais tempo. A gente cria um laço familiar, mas a gente sabe que esse acolhimento é temporário – é como diz o projeto: é amar sem posse. A gente sabe que a qualquer momento essa criança pode ir embora, então, a gente não se apega tanto a isso”, destaca.

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Não há um prazo estipulado para essa criança ficar com a família acolhedora. Ferreira disse que o último acolhimento durou cerca de cinco meses.

‘Me sinto realizado’

Como voluntário, Ferreira disse que se sente realizado e um paizão. “A gente dá bronca quando tem que dar, mas dá muito amor e carinho e dignidade a essas crianças. Meus filhos biológicos apoiam a ideia e ajudam muito a cuidar. Me sinto realizado em poder contribuir para o crescimento intelectual dessa criança”, pontua.

Por outro lado, o professor diz que não é fácil ver algumas situações em que esses menores são expostos. Ele disse que mesmo com a preparação para o acolhimento, alguns casos são de partir o coração.

“Como pai, fico sentido, porque não sei como as pessoas conseguem tratar uma criança desta forma, às vezes com tanta violência. Quando chega aqui a gente tenta ser o mais carinhoso possível para que se sintam à vontade”, diz.

Ele destaca que ainda há muito preconceito e que não é todo mundo que aceita participar desse projeto. Mas, ele garante que ao conviver com as crianças a surpresa sempre é positiva, associada ainda à possibilidade de mudar a vida delas.

“As crianças que vêm para cá não são nada disso que as pessoas falam. A gente teve casos de crianças que tomavam medicamento controlado e depois que ficaram aqui não precisaram mais. Na verdade o ambiente em que viviam as obrigavam tomar esses remédios.”

Como ser família acolhedora?

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Casados ou com união estável, solteiros, viúvos ou divorciados, independente de sexo;

Não estar inscrito no cadastro de adoção das Varas da Infância e da Juventude do Acre;

Disponibilidade de tempo para participar de processo de sensibilização e acompanhamento proposto pelo serviço;

Boas condições de saúde física e psíquica;

Não ter antecedentes criminais;

Concordância de todos os membros da família quanto à inscrição no serviço e as obrigações previstas;

Ser maior de 21 anos;

Morar em Rio Branco;

Não ser membro da família extensa da criança a ser acolhida.

E veja também no 3 de Julho Notícias

Veja o Vídeo Abaixo: O município de Bujari se Limita ao norte com o Amazonas, ao sul com o município de Rio Branco, a leste com o município de Porto Acre e a oeste com o município de Sena Madureira. Sua área é de 3.467,681 km², com uma densidade demográfica (hab/km²) de 3,00 , sendo que em 2010 possuía um IDHM de 0,589.

O município de Bujari originou-se no início de 1968/1969, por remanescentes indígenas que se integraram a sociedade ali instalada, com a construção da BR 364, trecho Rio Branco/Sena Madureira. Povoado elevado à categoria de Vila, em 1986. Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Bujari, pela Lei Estadual nº 1031, de 28 de abril de 1992, alterado pela Lei Estadual nº 1066, de 9 de dezembro de 1992, que o desmembrou de Rio Branco, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

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RO/AC: XXXV Encontro Institucional de Magistrados aborda temas relevantes para a Justiça do Trabalho

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(TRT14)O  XXXV Encontro Institucional de Magistrados (as) da Justiça do Trabalho de Rondônia e Acre, organizado pela Escola Judicial (Ejud-14) do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (RO/AC), ocorreu nos dias 7, 8 e 9 de maio. O evento teve como tema central “Conciliação e Execução Trabalhista” e foi realizado no formato 100% presencial na sede da Ejud em Porto Velho/RO.

Participaram da abertura do encontro, o representante da Amatra14, o juiz do Trabalho Carlos Antônio Chagas Júnior, e a diretora da Escola Judicial, desembargadora Maria Cesarineide de Souza Lima.

O representante da Amatra14, destacou em sua fala, as mudanças significativas na situação da magistratura. O juiz comentou que atualmente é possível enxergar horizontes que há 12 anos não eram visíveis. “Atualmente no Senado, está em discussão a lei de atividade de risco da magistratura com foco na segurança dos magistrados. Além disso, a norma também abordará questões relacionadas ao adicional de periculosidade. Essas medidas visam melhorar a segurança e incentivar os magistrados a permanecerem nas regiões, especialmente em locais com dificuldades de mobilidade, como Rondônia e Acre”. De acordo com o representante da Amatra, os efeitos financeiros dessas mudanças entrarão em vigor a partir de janeiro de 2025.

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Em seguida, a diretora da Escola Judicial, desembargadora Maria Cesarineide, deu as boas-vindas aos magistrados presentes destacando a importância da evolução constante, mesmo diante dos desafios atuais impostos pela informática e pelas demandas da sociedade. Além disso, enfatizou a importância de conhecer os colegas e criar laços de respeito e amor à profissão. “Desejo que o encontro vá além da troca de conhecimento e experiência, mas que possamos buscar conectar as histórias e vidas dos participantes”. A desembargadora agradeceu a presença de todos e desejou um excelente encontro.

Na sequência teve início uma série de palestras programadas no encontro. A primeira delas tratou sobre Teoria Geral da Execução e Direitos Fundamentais, com o professor Mauro Schiavi, juiz do Trabalho do TRT da 2ª Região.

O juiz enfatizou a relevância da Justiça do Trabalho na sociedade em relação aos conflitos, e destacou que apesar das críticas frequentes, muitas delas infundadas, a Justiça Trabalhista quando toma decisões, considera as mudanças nos conflitos e continua a fornecer respostas adequadas. “É preciso preservar a importância da Justiça do Trabalho. Além disso, a competência material é essencial, especialmente para os cidadãos mais humildes. Muitas vezes, a Justiça do Trabalho é o único local onde esses cidadãos podem apresentar suas demandas e serem ouvidos”, ressaltou o palestrante.

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Além desse tema, também fez parte da programação as seguintes palestras:

“A construção de soluções nos processos da Administração Pública e Grandes Litigantes”, com a juíza do TRT da 10ª Região, Roberta de Melo Carvalho; “Os métodos alternativos de solução de conflito – Modelos Harvard e Transformativo”,  com a juíza do Trabalho do TRT da 1ª Região, Camila Leal Lima; “Ferramentas da execução para o bloqueio de ativos financeiros”, com o juiz do Trabalho do TRT da 14ª Região, Vitor Yamada; “Aspectos práticos da quebra dos sigilos fiscal e financeiro do devedor”, com o juiz do Trabalho do TRT da 18ª Região; “Os novos entendimentos do incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPJ)”, com o juiz do Trabalho do TRT da 4ª Região, com Ben-Hur Silveira Claus.

A apresentação cultural da quadrilha Rádio Farol, encerrou a programação do XXXV Encontro de Magistrados(as) de Rondônia e Acre, lembrando que as festividades juninas se aproximam.

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