Política
Senador Petecão recebeu quase meio milhão sem trabalhar
Levantamento aponta parlamentar acreano como um dos mais ausentes entre 2011 e 2014
Política
Campanha pede que Petecão devolva dinheiro por faltas no Senado. Levantamento aponta parlamentar acreano como um dos mais ausentes entre 2011 e 2014
Por Luan Cesar
Circula nas redes sociais uma campanha que pede a devolução aos cofres públicos de um ano de salário por parte do senador Sérgio Petecão (PSD). O movimento iniciou após a revista Congresso em Foco divulgar na última quinta-feira, 16, um levantamento que aponta o parlamentar acreano como um dos mais faltosos nas sessões do Senado Federal.
Campanha pede restituição da verba por supostas ausências
Segundo a revista, Petecão é um dos nove parlamentares que faltaram o equivalente a um ano de sessões deliberativas. As faltas correspondem a legislatura de fevereiro de 2011 a dezembro de 2014. Os parlamentares deixaram de comparecer a cerca de 112 reuniões destinadas a votações, o que equivale a um quarto das realizadas nos quatro anos.
No Facebook, a página Empate Digital usa a hashtag #DevolvePetecão. O pedido é de que o senador acreano “devolva o equivalente a um ano de salário que corresponde a um ano de faltas ao Senado”. Na campanha, a página também afirma que Petecão “recebeu quase meio milhão de reais sem trabalhar”.
Procurado por um site local para comentar o assunto, Sérgio Petecão negou ser um dos senadores com maior número de faltas. O parlamentar afirmou que participa de todas as sessões deliberativas, que ocorrem nas terças, quartas e quintas-feiras. Petecão declarou que as únicas sessões em que se ausenta são as de segundas e sextas-feiras.
“Eu só falto nas sessões de sexta e segunda. Essas sessões são para quem mora em Brasília, para quem gosta de estar em Brasília. As sessões deliberativas, as que têm votação, que são terça, quarta e quinta-feira, eu não falto. Mas na segunda e sexta eu não vou porque eu estou no meu estado, nas minhas bases”, declarou Sérgio Petecão em entrevista ao site.
Além do senador acreano, o levantamento também aponta Lobão Filho (PMDB-MA), Mário Couto (PSDB-PA), Jader Barbalho (PMDB-PA), Fernando Collor (PTB-AL), Francisco Dornelles (PP-RJ), Cícero Lucena (PSDB-PB), Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Kátia Abreu (PMDB-TO) como os parlamentares mais ausentes. Destes, apenas Petecão e Collor continuam no mandato.
Política
Edvaldo apresenta projeto de decreto legislativo para sustar atos que destituíram diretora e coordenadora de ensino da Escola Armando Nogueira: “oportunizar o direito de defesa”
O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) apresentou, nesta quarta-feira (17) um projeto de decreto legislativo que visa sustar as portarias que destituíram dos cargos de diretora, a servidora Ada Cristina Nunes, e a coordenadora de Ensino, Robenilde Mesquita de Abreu. Ambas trabalham na Escola Estadual de Ensino Médio Armando Nogueira. As portarias foram assinadas pelo secretário de Estado de Educação, Aberson Carvalho.
“Nós estamos diante de um novo ato numa escola que tem como símbolo o Armando Nogueira, perseguido pela ditatura, um acreano. Se afastou de forma arbitrária, apressada e ilegal, não apenas a diretora, mas também a coordenadora de Ensino porque expuseram uma prática conhecida de todas as escolas que é a entrega da merenda escolar de qualidade inferior. Quando se abre esse debate, a Secretaria de Educação ao invés de expor quem está cometendo o erro, pune para dizer para as demais escolas que é assim o riscado. Foi por isso que eu tomei essa iniciativa. Eu não vou pedir para nenhum deputado que apoie esse decreto. Só vou pedir a oportunidade para debater na Comissão de Constituição e Justiça esse decreto, na presença delas [professoras destituídas], para lhes contar o que elas me contaram”, disse Edvaldo Magalhães.
Ainda de acordo com o parlamentar, a Secretaria de Estado de Educação cometeu “um ato antidemocrático” e “ilegal”, além de “estar se omitindo de tomar providências e joga a responsabilidade para as unidades de ensino”.
“Esse decreto é para provocar a oportunidade do direito de defesa dessas duas profissionais da Educação. Amanhã é dia de paralisação da Educação, estarão em luta. Agora estão querendo transformar as professoras em ladra da merenda escolar. Não se discute que àquele servidor de apoio, que estão com três salários atrasados, eles vão e comem, aliás está proibido”.
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