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Nora do senador Bolsonarista Marcio Bittar indica verba de R$ 4 milhões do orçamento secreto para ONG à qual é ligada

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Emenda de R$ 4 milhões beneficia entidade da qual a namorada do filho de Márcio Bittar é voluntária – Edilson Rodrigues/ Agência Senado

Um dos emblemas do governo de Jair Bolsonaro, o orçamento secreto continua a ser um dos principais assuntos da República. Em meio ao julgamento do Supremo Tribunal Federal que dará o veredicto sobre sua constitucionalidade, o Congresso busca alternativas para salvar o mecanismo, criticado principalmente por sua falta de transparência.

E se já não bastassem os muitos casos polêmicos envolvendo a destinação das verbas, não param de surgir novas histórias rumorosas. A coluna do jornalista Rodrigo Rangel, no site Metrópoles, descobriu que, em junho deste ano, a nora de um senador usou das artimanhas do orçamento secreto para remeter R$ 4 milhões para uma entidade à qual é ligada.

O episódio envolve Flaviane Agustini Stedille, de 27 anos, nora do senador Marcio Bittar, do União Brasil do Acre. A Flaviane atua como voluntária na ONG Associação de Apoio Renovatio, escolhida por ela para receber o dinheiro. A entidade faz doações de óculos e tem sede em São Paulo.

A nora de Márcio Bittar (ela é namorada de João Paulo Bittar, filho do senador) diz que fez a indicação como cidadã, e a pedido do sogro. Flaviane não trabalha no Congresso e conseguiu inserir a demanda no sistema do orçamento secreto graças a uma das “janelas” pensadas justamente para fazer o esquema funcionar sem necessidade de deixar os parlamentares muito expostos.

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As solicitações de recursos podem ser feitas na plataforma em nome dos próprios parlamentares, sejam eles deputados ou senadores, e também usando uma credencial de “usuário externo”. Foi o caso de Flaviane. Por esse caminho, assessores ou cidadãos comuns fazem a indicação deixando oculto o nome do político que é o verdadeiro padrinho da emenda a ser liberada.

A inclusão da solicitação no sistema não é garantia de que ela será atendida — a decisão final cabe ao relator-geral do Orçamento. No caso de Flaviane, no entanto, o pedido foi cadastrado em 22 de junho e no dia 28 o relator-geral do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal, do PSD do Rio de Janeiro, encaminhou a indicação para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o MDH, para que fosse incluído na execução orçamentária.

Flaviane foi chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Juventude, vinculada ao MDH, de fevereiro de 2019 a agosto de 2020. Em março deste ano, ela passou a integrar a equipe do governo do Acre, como diretora da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional. Ficou no cargo por quatro meses. A indicação para o cargo, ela admite, foi do sogro senador. Marcio Bittar, que se candidatou ao governo do estado neste ano, foi relator-geral do Orçamento de 2021.

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A nora de Marcio Bittar diz que conheceu a ONG Renovatio, beneficiária da indicação que fez, quando ainda estava na Secretaria Nacional de Juventude. Ela afirma que participou de ações da entidade em Brasília no início do ano passado e que hoje atua na Renovatio como voluntária.

Perguntada sobre como foi a indicação da emenda de R$ 4 milhões, Flaviane respondeu: “É para uma entidade do terceiro setor, né? (…) Se prioriza mandar recurso para quem tem capacidade de execução”. A jovem, formada em engenharia, disse que apresentou algumas opções para o sogro e que ele selecionou a Renovatio.

A coluna do jornalista Rodrigo Rangel, procurou o gabinete do senador Marcio Bittar e do deputado Hugo Leal, mas não teve retorno.

Em nota, a Renovatio afirmou que não prosseguiu com as tratativas para receber os recursos e que nenhum valor chegou a ser liberado. A entidade disse que quando soube que a emenda indicada por Flaviane seria do orçamento secreto (RP-9), deixou de ter interesse. Sobre a atuação da nora de Marcio Bittar, explicou que ela já havia apoiado a ONG em ações de campo e na elaboração de projetos e acrescentou que qualquer pessoa pode ser voluntária.

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Ministério Público Federal questiona Dnit sobre falhas na iluminação pública em rodovias federais que cortam o Acre

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() Relatórios de fiscalização apontam irregularidades em trechos das BRs 317 e 364 – Foto: Reprodução

(MPF) O Ministério Público Federal enviou ofício ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Acre com questionamentos acerca das providências tomadas pelo órgão para sanar as irregularidades na iluminação pública de rodovias federais que cortam o estado.

Após fiscalização solicitada pelo MPF, relatórios do próprio Dnit e da Polícia Rodoviária Federal no Acre (PRF/AC) apontaram falhas em diversos trechos das BRs 317 e 364.

No documento, assinado pelo procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, o MPF também pede que o Dnit realize vistoria no município de Rodrigues Alves.

Além disso, pede que o Dnit informe qual o prazo concedido para que os respectivos municípios corrijam as irregularidades detectadas e apresentem informações. O MPF estabeleceu o prazo de 30 dias para que o Dnit envie as respostas.

Irregularidades – De acordo com o relatório enviado ao MPF pela PRF/AC, dentre as principais irregularidades encontradas muitos trechos apresentam iluminação inacabada, outros com iluminação apenas em um sentido, há locais sem nenhuma iluminação, outros com lâmpadas queimadas, entre outras falhas.

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