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André Kamai denuncia “estelionato eleitoral” para apurar o destino dos R$ 190 milhões e diz que vai pedir CPI do Asfalta Rio Branco
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A Prefeitura precisa explicar como esse dinheiro foi gasto – Fotos: Paulo Murilo
O vereador André Kamai (PT) anunciou que levará ao plenário da Câmara Municipal um pedido formal de investigação sobre a execução do programa Asfalta Rio Branco. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Kamai denunciou o que chamou de “estelionato eleitoral” promovido pela Prefeitura e anunciou a necessidade de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o destino dos R$ 190 milhões investidos no programa, que foi abruptamente cancelado.
O programa Asfalta Rio Branco foi lançado pelo prefeito Tião Bocalom em janeiro de 2024, com a promessa de pavimentar ao menos 100 km de ruas na capital, priorizando as vias de maior fluxo. No entanto, documentos e declarações recentes do secretário municipal de Infraestrutura, Cid Ferreira, confirmam que as obras foram aceleradas durante a campanha eleitoral e posteriormente suspensas para “adequações”, sendo agora oficialmente canceladas. Ferreira ainda admitiu publicamente que muitas ruas foram asfaltadas “de qualquer jeito” para atender a pressão política do período eleitoral.
“O prefeito enganou a população de Rio Branco. A cidade assistiu a um ritmo frenético de asfaltamento em plena campanha eleitoral, e agora, após a reeleição, o programa é simplesmente encerrado, deixando centenas de ruas sem pavimentação e outras tantas já destruídas pela falta de qualidade do serviço. O que aconteceu com os R$ 190 milhões?”, questiona Kamai.
A gestão municipal afirmou que apenas R$ 40 milhões restam nos cofres do programa, levantando sérias dúvidas sobre a execução e a transparência na aplicação dos recursos. Empréstimos milionários foram contraídos junto ao Banco do Brasil, comprometendo o orçamento do município, enquanto a população continua convivendo com buracos, promessas não cumpridas e suspeitas de desvios.
Segundo o parlamentar, a prefeitura tem dificultado a fiscalização de seus atos, se negando a fornecer todas as informações sobre o programa. “Solicitei os contratos e notas de pagamentos do programa, mas não me mandaram tudo. Reiterei o pedido e espero que me enviem tudo”, concluiu.
Possíveis atos de improbidade administrativa
Diante das recentes declarações do secretário municipal de Infraestrutura, André Kamai afirma que há indícios de crime eleitoral e improbidade administrativa na execução do programa. A aceleração das obras durante o período eleitoral, seguida de uma paralisação logo após as eleições, pode configurar abuso de poder econômico e uso da máquina pública para influenciar o pleito. Além disso, a falta de prestação de contas detalhada sobre os contratos e serviços prestados levanta suspeitas sobre possíveis desvios de verbas públicas.
“A Prefeitura precisa explicar como esse dinheiro foi gasto e por que a população ficou com o prejuízo. O dinheiro público não pode ser usado para garantir reeleições. Isso é fraude eleitoral e improbidade administrativa. Vamos até o fim com essa investigação”, reforça Kamai.
O parlamentar levanta, ainda, questionamento sobre quem vai pagar a conta do trabalho perdido e que precisa ser refeito. “O que está acontecendo é muito grave. Existem ruas que foram destruídas pouco depois de serem feitas no período eleitoral. Com a suspensão dos contratos, quem vai refazer as ruas destruídas em menos de seis meses? Eles dizem que gastaram 150 milhões, mas isso não mudou nada em Rio Branco. Pra onde foi esse dinheiro?”
A sessão desta quinta-feira, 3, promete ser quente e decisiva. O vereador convoca a população a acompanhar os debates pela transmissão oficial da Câmara no YouTube e a cobrar transparência sobre o uso dos recursos públicos.

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Parece piada: Bocalom continua promentendo o que não cumpriu e diz que 1001 dignidades é um projeto de referência mundial
Mesmo sem ter levantado nenhuma das 1001 casas prometidas no segundo ano do primeiro mandato, o prefeito de Rio Branco Tião Bocalom (PL), segue a saga de bater o recorde e levantar 1001 casas em um dia; como ele mesmo prometeu.
Durante entrevista ao PodCast Em Cena, apresentado pelo jornalista Everton Damasceno, Bocalom falou sobre vários assuntos e voltou a dizer que o projeto das 1001 casas estão à todo vapor.
Falou que recebe bastante doações de madeira do ICMBIO/IBAMA e que a marcenaria está trabalhando para concluir a montagem dos protótipos.
“Nosso projeto está avançando e queremos entregar até o final deste ano as casas, que irão mudar a realidade de muitas famílias”, disse o prefeito Bocalom.
Bocalom criticou a oposição e disse que ele está fazendo o que nunca foi feito e por isso os adversários piram.
“Estamos fazendo o que eles nunca fizeram, a oposição pira. Esse projeto das 1001 dignidades é elogiado por todo mundo, a Petrobrás esteve lá visitando e ficaram impressionado com modelo que estamos adorando para aproveitar as madeiras descartadas, esse projeto pioneiro, não temos nada desse tipo no mundo”, finalizou empolgado o Prefeito.
Bocalom que é bolsonarista da ala mais extrema, não recebeu recursos para construir nenhuma casa no governo anterior, já em menos de dois anos do governo Lula, Rio Branco já foi contemplada com mais de 1 mil casas do programa “Minha Casa Minha Vida”. Mesmo recebendo atenção generosa do presidente Lula, Bocalom nunca fez um reconhecimento público ao presidente Lula.
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