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Gladson deve está na garapa de açúcar: Cameli prestará depoimento por organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva
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Governador do Acre, Gladson Cameli é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por organização criminosa e lavagem de dinheiro
(Metrópoles) – O governador do Acre, Gladson Cameli, prestará um depoimento na próxima sexta-feira (25/10) no processo em que é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.
Em maio, o STJ aceitou, por unanimidade, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Cameli. Assim, tornou o político réu. A PGR pediu o afastamento do governador, o que os ministros rejeitaram. Durante o processo, Cameli teve bens bloqueados e foi proibido de fazer contato com outros investigados.
De acordo com a PGR, o governador liderou um esquema fraudulento em obras no Acre que gerou um prejuízo de cerca de R$ 150 milhões.
O governador e as testemunhas arroladas estão sendo ouvidos no decorrer desta semana, e o povo do Acre espera a conclusão do processo para que a justiça seja feita – o que, no caso, será a punição dos responsáveis pelos desvios de dinheiro público.
Primeira vez na história do Acre
(Romerito Aquino) – Em toda a história do Acre, esse triste episódio registrou a primeira vez em que a PF precisou entrar no Palácio Rio Branco, na Casa Civil, no Escritório de Governo ou na residência de um governador. Sem contar a visita às empresas da família e às casas de parentes próximos.
As investigações que se seguiram desvendaram a existência de uma poderosa organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo acreano. Eles atuavam no desvio de recursos públicos e também na prática de atos de ocultação da origem e do destino dos valores subtraídos e na lavagem de capitais. O líder do esquema seria o próprio governador Gladson Cameli, envolvido em movimentações suspeitas de mais de R$ 800 milhões.
Ao longo das investigações, o STJ aplicou contra Cameli medidas cautelares vexatórias para qualquer governante no exercício do cargo, como a proibição de fazer contato com outros alvos da operação e de se ausentar do país. O governador do Acre teve que entregar seu passaporte à Justiça. Mais grave ainda, Cameli teve vários bens apreendidos, incluindo imóveis, veículos de luxo e até uma aeronave – avaliados em mais de R$ 10 milhões. Esses bens seguem, até hoje, sob a guarda da Justiça.
A gravidade dos elementos da denúncia, e a consistência das provas coletadas pela PF, MPF, CGU e RF nas distintas fases da investigação comprovam que a corrupção existiu, existe e está entranhada no governo de Gladson Cameli de forma sistêmica, espraiando-se pela estrutura do Poder Executivo acreano.
Ainda que não tenha havido o julgamento final da conduta do governador, entendemos que ele já não reúne as condições para governar e permanecer à frente do Executivo do Estado do Acre. O afastamento do governador é medida que se impõe do ponto de vista jurídico, político, ético e moral. Afastar o governador será, acima de tudo, um ato de respeito e consideração com o povo acreano.
Procurado, o governador Gladson Cameli não respondeu. O espaço segue aberto a eventuais manifestações.
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Gladson Cameli sentará no banco dos réus no Superior Tribunal de Justiça por corrupção do maior escândalo da história do Acre
O Partido dos Trabalhadores – PT usou sua rede social no instagran para informar a população do Acre, sobre a situação do atual governador do Estado, Gladson Cameli, junto a justiça referente a Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal.
Em nota, o PT dá detalhes de como tudo aconteceu e os crimes pelos quais Gladson está sendo acusado, inclusive a gravidade dessa situação.
Nota do Partido dos Trabalhadores
Na próxima sexta-feira, 25/10/2024, o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), sentará no banco dos réus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde prestará depoimento no processo aberto após denúncia do Ministério Público Federal (MPF) pela prática de uma série de crimes: formação de organização criminosa; lavagem de dinheiro; peculato; dispensa indevida de procedimento licitatório; e corrupção ativa e passiva.
Trata-se do maior escândalo de corrupção da história do Acre. A oitiva se dá no âmbito da primeira ação penal de um total de nove inquéritos policiais originados a partir da Operação Ptolomeu. Deflagrada pela Polícia Federal (PF), em dezembro de 2021, com autorização do STJ, a Operação teve como principal investigado o próprio governador, além de integrantes de sua equipe e empresários.
Note-se que as acusações envolvendo Cameli eram de tal gravidade que nem mesmo a condição de aliado do então governante, Jair Bolsonaro — conhecido por interferir e instrumentalizar ostensivamente a PF — livrou-o de ser alvo da operação.
O governador e as testemunhas arroladas estão sendo ouvidos no decorrer desta semana, e o povo do Acre espera a conclusão do processo para que a justiça seja feita – o que, no caso, será a punição dos responsáveis pelos desvios de dinheiro público.
Nós, do Partido dos Trabalhadores, sempre defendemos os princípios do devido processo legal, do contraditório, do amplo direito de defesa e da presunção de inocência. De igual forma, somos críticos da espetacularização da atividade policial e do processo judicial. Mas não podemos transigir com a espoliação, em proveito próprio, dos recursos que pertencem à população do estado.
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