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Está tudo pronto para os ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça julgarem o governador Gladson Cameli
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Bastidores do Tribunal consideram que provas robustas da PF devem condenar e afastar Gladson Cameli, tornando-o inelegível por 8 anos – Foto: Reprodução
Está tudo pronto para os ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgarem o governador bolsonarista do Acre, Gladson Cameli (PP), pelos crimes de formação de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e corrupção ativa e passiva.
Ainda não há data marcada para o julgamento do governador no primeiro dos nove inquéritos em que foram transformadas as investigações da Operação Ptolomeu, comandada pela Polícia Federal. Gladson Cameli já é réu como chefe de quadrilha formada por vários agentes públicos e empresários que desviou mais de R$ 800 milhões em recursos federais que seriam destinados à melhoria da saúde e da educação do povo pobre do Acre.
A partir do dia 21 de janeiro, quando o Judiciário retorna do recesso de final e inicio de ano, o presidente do STJ, Herman Benjamin, deve marcar a data do julgamento de Cameli, que está de férias em João Pessoa (PB).
Mesmo em recesso, os bastidores da Corte Especial do Tribunal avaliam que dificilmente o governador escapa de ser condenado no caso Murano diante das provas robustas de desvio de dinheiro público, que foram levantadas pela Polícia Federal com a ajuda da Receita Federal, Controladora Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e outros órgãos de controle.
Robustez das provas da Polícia Federal
A robustez das provas contra Cameli levou a Procuradoria Geral da República (PGR) a não titubear e pedir a sua condenação e seu imediato afastamento do cargo. A ministra relatora do caso, Nancy Andrighi, e os demais ministros da Corte Especial foram unânimes em aceitar a denúncia da PGR, tornando o governador réu. Mas por decisão da relatora, o afastamento foi negado para ser discutido em outro momento do processo.
Caso seja condenado já no primeiro inquérito da Operação Ptolomeu, o governador ficará inelegível por oito anos, abrindo a possibilidade jurídica de também ser afastado do cargo e até preso pela pena mínima dos 15 anos atribuída aos cinco crimes que pesam contra ele.
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Crescimento do senador Alan Rick provoca pânico na Casa Rosada e expõe a fragilidade da candidatura de Mailza Assis ao governo

Clima de tensão na Casa Rosada em meio ao crescimento de Alan Rick nas pesquisas – Foto: Diego Gurgel
Segundo informações repassadas por uma fonte da Casa Rosada ao portal 3 de Julho Notícias, o clima dentro do governo é de absoluto desespero. A cada nova pesquisa eleitoral, o nome do senador Alan Rick sobe mais alguns degraus e, com isso, aumenta o pânico no núcleo duro do governo Gladson Cameli. Secretários relatam noites sem dormir, reuniões emergenciais e uma corrida silenciosa para tentar entender como o senador tomou a dianteira com tanta força entre os eleitores mais humildes.
Alan Rick, de forma estratégica e consistente, consolidou uma presença fulminante nas comunidades mais carentes, onde sua imagem cresce de maneira quase espontânea. De mercados a ruas de bairros periféricos, seu nome virou tema diário. A percepção geral é clara: o senador se transformou no favorito natural da população, visto como alguém firme, acessível e com discurso alinhado às necessidades do povo. Há quem diga que, mantendo o atual ritmo, ele pode até encerrar a disputa no primeiro turno.
Do outro lado, a situação é bem menos animadora. A pré-candidata Mailza Assis tem percorrido o Acre de ponta a ponta, mas a movimentação não se converte em apoio real. Mesmo sendo recebida com cordialidade em suas agendas, a adesão política continua tímida. Aliados confidenciam que a campanha não consegue empolgar nem mesmo parte da base governista. Há setores do governo que já falam abertamente em “barco afundando”.
A tensão aumenta ainda mais com a proximidade do julgamento do governador Gladson Cameli, marcado para o dia 19. O entorno do Palácio já trabalha com a possibilidade de um impacto devastador na disputa eleitoral. O que se comenta nos bastidores é que muitos aliados históricos do governador adotaram uma postura de distância estratégica, esperando o desfecho de um processo que pode alterar completamente o quadro político. “Ninguém quer ficar preso ao que pode ruir”, revela a fonte da Casa Rosada.
Enquanto Gladson e Mailza tentam estancar a sangria política, Alan Rick segue crescendo sem esforço aparente. Nas ruas, a leitura é simples: ele se tornou o nome que representa confiança e renovação, enquanto o governo vive seu momento mais delicado. A distância entre os lados só aumenta — e, por enquanto, quem dita o ritmo da eleição é o senador.
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