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Caso bárbaro que chocou a população de Rio Branco sobre o espancamento até a morte de Yara Paulino

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Crime ocorreu na Cidade do Povo em Rio Branco – Foto: Arquivo pessoal

Um caso bárbaro chocou a população acreana na tarde da última segunda-feira (24). Yara Paulino da Silva, de 28 anos, foi espancada até a morte após a circulação de um boato de que ela teria matado a própria filha, Cristina Maria, de três meses de vida, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco.

No mesmo dia que Yara foi assassinada no meio da rua como ‘disciplina’ por membros de uma facção criminosa local, o Instituto Médico Legal (IML) da capital acreana constatou que a ossada achada em uma área de mata era, na verdade, de um animal.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil e a criança ainda está desaparecida. Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso Yara Paulino:

1. O que aconteceu?

Yara Paulino da Silva, de 28 anos, foi assassinada a pauladas por conta de um boato que, falsamente, a acusou de ter matado a própria filha, Cristina Maria, de apenas três meses. Uma ossada, achada dentro de um saco de ração, chegou a ser apontada como os restos mortais da menina. Mas, segundo análise do Instituto Médico Legal (IML), não se tratava de ossos humanos.

O que já foi levantado pela polícia é que a menina não possui registro de nascimento, e que o serviço foi negado em um cartório por conta de erros nos documentos dos pais. O casal não voltou a buscar o registro.

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Ainda segundo a polícia, a principal linha de investigação é que a mulher foi vítima de “disciplina do tribunal do crime” por membros de uma facção criminosa por conta da suposta morte da criança, e não de um linchamento de outros moradores, como foi divulgado inicialmente.

2. Quem era Yara Paulino?

Yara era mãe de Cristina Maria — criança desaparecida — e de mais duas crianças, sendo uma de 10 e outra de 2 anos, que presenciaram o crime e que, agora, estão sob os cuidados de uma tia que está abrigada no Parque de Exposições Wildy Viana por conta da cheia do Rio Acre.

Conforme o Ministério Público do Acre (MP-AC), as crianças ficaram muito abaladas emocionalmente. A família está sendo atendida por psicólogos e assistentes sociais do Centro de Atendimento à Vítima (CAV) e do Núcleo de Atendimento Psicossocial (Natera).

“Estavam bastante abaladas, elas se agarraram às psicólogas, se agarraram às assistentes sociais, foram acalmadas naquele momento ali, demorou um pouco para elas poderem se estabilizar e terem um atendimento humanizado, elas foram ouvidas pela psicóloga, pela assistente social, tiveram a confiança, puderam ficar até que a tia providenciasse todo o velório. No momento em que a tia buscava a assistência social do município e providenciasse o enterro da vítima, as crianças ficaram ali junto com a assistente social e a psicóloga do Ministério Público”, acrescentou o promotor Thalles Ferreira.

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3. Já acharam a pequena Cristina?

Ainda não. A recém-nascida identificada como Cristina Maria segue desaparecida e foi incluída na plataforma Amber Alert, sistema que compartilha informações sobre crianças desaparecidas por meio de alertas em redes sociais e outras páginas.

No anúncio sobre o desaparecimento da menina, ela é descrita como branca, de olhos castanhos, cabelos lisos e castanhos. O alerta também informa que ela foi vista pela última vez no dia 15 de março.

A reportagem apurou, com moradores da região, que a criança foi dada como desaparecida há cerca de uma semana. A foto da bebê, inclusive, foi colocada em um grupo de mensagens do conjunto habitacional com pedido de informações.

O serviço, que é uma parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança e a plataforma Meta, busca fazer as informações alcançarem o maior número possível de pessoas que possam contribuir com relatos à polícia. (Veja mais no G1 Acre)

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Ações com o Exército na fronteira amazônica apreendem mais de R$ 143 milhões no primeiro trimestre

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Tropa da Selva, um dos principais agentes das ações públicas da União em defesa do território amazônico – Foto: Exército Brasileiro/ divulgação

O Comando Militar da Amazônia (CMA) intensificou, no primeiro trimestre de 2025, as operações em toda a sua área de responsabilidade, fortalecendo a presença do Estado Brasileiro em áreas estratégicas da Amazônia Ocidental. As operações conduzidas na faixa de fronteira tiveram como alvo principal os delitos transfronteiriços e ambientais. Os esforços resultaram em R$143,2 milhões em resultados tangíveis, contabilizando as apreensões, multas e lucros cessantes.

As ações subsidiárias integradas ocorreram em pontos sensíveis da faixa de fronteira, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima. Elas mobilizaram mais de 4.200 militares do Exército, em coordenação com órgãos de segurança pública e agências governamentais, como a Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal (PRF), secretarias estaduais de segurança e institutos ambientais estaduais.

Os resultados refletem o impacto das operações preventivas e repressivas de combate aos ilícitos, com destaque para o enfrentamento ao garimpo ilegal, ao tráfico de drogas e de armas, ao contrabando, à extração ilegal de madeira e à ocupação irregular em terras indígenas. Parte significativa das apreensões ocorreu no interior do estado do Amazonas, com ênfase nas regiões do Alto Rio Negro e Vale do Javari.

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Entre as ações desencadeadas, destaca-se a continuidade da Operação Catrimani II, cujo foco é o apoio à desintrusão da terra indígena Yanomami, em Roraima. A operação é realizada em articulação com a Casa de Governo, órgão vinculado à Casa Civil do Governo Federal, e visa a garantir o cumprimento das medidas de proteção ao território indígena, combater a presença de invasores e assegurar o atendimento às comunidades locais.

No Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país e uma das regiões mais remotas da Amazônia, o CMA mantém atuação constante por meio de patrulhamentos fluviais e terrestres, além de ações conjuntas com a FUNAI, o ICMBio e a Polícia Federal.

Resultados Operacionais

Ao longo do primeiro trimestre de 2025, foram apreendidos:

1.414,5 kg de skunk e 30 kg de pasta base de cocaína;

33 dragas empregadas na extração clandestina de ouro e outros minérios;

42,4 toneladas de cassiterita, minério de alto valor utilizado na indústria eletrônica;

323 motores e 67 geradores, além de 30 veículos, incluindo escavadeiras, quadriciclos e embarcações;

33 armas de fogo de diversos calibres e munições de uso restrito;

35 mil litros de combustível, elementos utilizados nas práticas de garimpo e tráfico;

R$ 24 milhões em espécie (com a interrupção das atividades ilegais, estimam-se ainda R$ 25,1 milhões em lucros cessantes estimados);

Multas aplicadas que somam mais de R$ 236 mil por infrações ambientais.

Atuação permanente e coordenação interagências

O êxito das operações é atribuído à atuação coordenada para o emprego simultâneo de quatro Brigadas de Infantaria de Selva subordinadas ao CMA — localizadas em São Gabriel da Cachoeira (AM), Tefé (AM), Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO) —, que ocupam áreas estratégicas e atuam em regiões de difícil acesso, onde a presença do Estado se faz ainda mais necessária.

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A integração entre os diversos órgãos envolvidos permite respostas mais rápidas e eficazes diante das ameaças à soberania nacional, à integridade dos povos indígenas e à preservação da floresta amazônica. O uso de meios logísticos terrestres, fluviais e aéreos, aliados à expertise dos batalhões de selva, garante capilaridade às ações em áreas remotas.

Compromisso com a Amazônia

A atuação do Comando Militar da Amazônia se dá não apenas no campo operacional, mas também no apoio às políticas públicas, no resgate de valores cívicos e na promoção da cidadania em regiões de vulnerabilidade. As operações de combate aos crimes transfronteiriços caminham ao lado de ações humanitárias, como apoio à saúde indígena, transporte de vacinas e atendimentos médicos em comunidades isoladas.

Ao intensificar a presença nos pontos críticos da Amazônia Ocidental, o CMA reafirma o compromisso com a defesa da soberania nacional, o combate aos crimes ambientais e o respeito à diversidade cultural e ambiental da região. O esforço permanente das tropas do Exército Brasileiro, em parceria com os demais órgãos, representa uma resposta firme e coordenada às ameaças que pairam sobre um dos patrimônios naturais mais importantes do planeta. (Exército Brasileiro)

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