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Violência nas escolas preocupa diretor em Sena Madureira.

“Gostaria mais de investir esse recurso na parte pedagógica, mas comprar câmeras de segurança foi necessário”

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“Gostaria mais de investir esse recurso na parte pedagógica, mas comprar câmeras de segurança foi necessário”

As câmeras deverão ajudar a identificar alunos que depredam o patrimônio público/Foto: ContilNet Notícias

As câmeras deverão ajudar a identificar alunos que depredam o patrimônio público/Foto: ContilNet Notícias

 

Na escola estadual Dom Júlio Matiolli, uma das mais antigas de Sena Madureira, a situação não é diferente. No município, a situação preocupa tanto que o diretor da instituição, Ricardo Ferreira de Lira, decidiu instalar um circuito interno de segurança na escola, para garantir a segurança dos estudantes.

A escola, que já ganhou destaques nos principais portais no Acre – na última semana, um adolescente de 15 anos morreu vítima de meningite aguda – também é conhecida pela violência. O diretor da escola conversou com o jornalismo da ContilNet Notícias e fez um desabafo.

De acordo com Ricardo, o que preocupa é que as leis que regulamentam a segurança do aluno em ambiente escolar estão banalizadas.

“Há uma banalização com a questão das leis. Muitas rivalidades em bairros acontecem e, infelizmente, isto acaba passando para o ambiente escolar”.

Brigas, tráfico de entorpecentes, rixas de grupos e gangues são as principais reclamações dos diretores das principais escolas de Sena Madureira, afirma Ricardo.

“É muito difícil. Isto já está se tornando algo cultural, normal: tudo se resolve com violência”.

Com a ação, Ricardo afirma que a situação está mais controlada: brigas não são mais registradas, tampouco, alunos têm sido encontrados munidos de explosivos.

“Existem algumas [sic] bombinhas que são vendidas em comércios que, aqui na escola, causavam danos na estrutura”.

As câmeras foram adquiridas através de recursos da própria escola e estão presentes nas salas de aula e área comum da escola – nas proximidades dos banheiros, pátio e área de recreação.

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O diretor faz questão de afirmar que o objetivo da ação não é “vigiar alunos e professores”, mas sim, possibilitar uma medida de segurança que a comunidade precisava.

Professores reclamam mais do medo dos alunos que do salário: “antes, suspensões resolviam”, dispara diretor

Uma declaração divulgada pelo portal iG nesta semana pode ser evidenciada nas escolas do Acre há um bom tempo: professores reclamam mais do medo dos alunos que do salário. À frente de sessões de terapia em grupo para professores da rede pública há mais de 25 anos, o psiquiatra Lenine da Costa Ribeiro diz que as agressões físicas e verbais, vindas de alunos, são os principais motivos de doenças psicológicas entre os educadores que recorrem ao divã.

Segundo o médico do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe), seis em cada dez professores não conseguem mais voltar às salas de aula após enfrentarem episódios de agressões graves – como humilhação, ameaças e ataques físicos.

Em Sena Madureira, o diretor Ricardo afirma que a situação é a mesma. E completa: antes, suspensões ou advertências resolviam.

Gestões anteriores conseguiam encaminhamento, suspensões e resolviam. Hoje, o que podemos ver é brigas, rivalidades de bairros, depredação do patrimônio”.

O gestor afirma que isso é visto como algo natural pelos alunos.

“A gente conversa, faz ações, mas eles acham que isso é algo natural. Por isso, tivemos a atitude de instalar câmeras”.

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Questionado se esse recurso não poderia ser aplicado na parte pedagógica da instituição, Ricardo é categórico: ele gostaria de ter investido este recurso na parte pedagógica da escola.

“Gostaria mais de investir esse recurso na parte pedagógica, mas comprar câmeras de segurança foi necessário”

“Só para se ter uma ideia, implantamos quadro magnético aqui na escola. Porém, de 14 salas, 12 quadros foram pichados e danificados permanentemente. Trocamos, mas os prejuízos são nítidos”.

Infelizmente, a depredação de patrimônio não para por aí: o diretor conta que, por semana, cerca de 10 carteiras escolares são destruídas, sem chances de reaproveitamento.

“É que eles sentam em partes equivocadas. Vai chegar uma hora que, infelizmente, vai faltar”.

Hoje, se um aluno for pego com droga, ele não pode ser expulso, afirma Ricardo

33“Às vezes, as pessoas questionam: “Ah, mas por que vocês não expulsam?’ Não existe expulsão”, dispara o diretor, quando questionado sobre as penalidades sofridas por alunos que são pegos praticando irregularidades.

Segundo Ricardo, um aluno não se matricula para ser excluído, mas a escola poderia fazer mais, se não fosse a lei.

“A legislação nos amarra muito quanto a isso. É lógico que excluir o aluno ou fazer segregação não é de nosso objetivo, mas queremos educá-lo e mostrá-lo um caminho diferente”.

Ele conta o que acontece com um aluno que, por exemplo, seja pego portando drogas.

“Ele não vai ser expulso. Ele apenas responderá pelo ato infracional e aquelas questões da legislação serão levadas em conta: se foi pego em flagrante, se é para o consumo, entre outros”.

Kellyton Lindoso,  ContilNet 

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Justiça do Trabalho do Acre e Rondônia lidera ranking nacional por desempenho de Varas da Justiça do Trabalho

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Resultado no IGest posiciona Tribunal como referência em excelência administrativa – Foto: Secom/TRT-14

(Secom/TRT-14) – A Justiça do Trabalho nos estados de Rondônia e Acre teve seu desempenho avaliado no Índice Nacional de Gestão do Desempenho da Justiça do Trabalho (IGest) entre o período de janeiro a dezembro de 2023, e os resultados colocaram o Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (RO/AC) no topo do ranking nacional elaborado pela Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho. 

A última atualização, em 17/04/2024, revelou que 26 varas do trabalho do TRT-14 se destacaram no 1º quartil (grupo), enquanto outras 6 ficaram no 2º quartil, entre um total de 1.569 varas no país. O desempenho das 26 Varas do Trabalho do TRT-14 representa 81,25% do total de varas nos estados de Rondônia e Acre. (confira o quadro)

Das 32 varas do TRT-14, 26 estão no grupo dos 25% melhores resultados em relação às demais varas trabalhistas do Brasil

O desembargador Osmar J. Barneze, presidente e corregedor do TRT-14, parabenizou magistrados(as), servidores(as) e equipes pelo trabalho e dedicação em prol da Justiça e da cidadania. “Estamos muito orgulhosos do desempenho excepcional de nossas varas no Índice Nacional de Gestão do Desempenho da Justiça do Trabalho. Esse resultado reflete o comprometimento de todos e todas em oferecer uma administração judiciária de qualidade e eficiência. Continuaremos trabalhando incansavelmente para manter e superar nossos padrões de excelência, garantindo assim um serviço judiciário cada vez melhor para a população de Rondônia e Acre”, destacou. 

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Resultado IGEST

O Índice Nacional de Gestão do Desempenho da Justiça do Trabalho (IGest) foi criado pela Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho com o propósito de aprimorar a gestão das varas do trabalho em todo o país. O IGest analisa todas as 1.569 unidades judiciárias de 1º Grau e oferece um indicador numérico que resume os dados estatísticos relacionados, o que engloba acervo processual, celeridade, produtividade, taxa de congestionamento e força de trabalho. 

O primeiro quartil separa 25% das varas que possuem os melhores indicativos e o IGest proporciona uma avaliação do desempenho de cada vara, permitindo análises em nível nacional, regional ou de acordo com diferentes faixas de movimentação processual.

São Miguel do Guaporé possui a 6ª melhor VT do Brasil

A Vara do Trabalho de São Miguel do Guaporé (RO) alcançou a 6ª posição no Índice Nacional de Gestão do Desempenho da Justiça do Trabalho. No último ano foi constatada uma melhora no percentual de varas no primeiro quartil em comparação com a divulgação anterior, resultando na recuperação do TRT- RO/AC como o tribunal com maior número de varas do primeiro grupo. 

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Além da VT de São Miguel do Guaporé, outras unidades se destacaram, figurando entre as 100 melhores do país, sendo elas a 1ª VT de Ji-Paraná (18º lugar), VT de Pimenta Bueno (33º lugar), VT de Rolim de Moura (56º lugar), VT de Guajará-Mirim (79º lugar) e a VT de Jaru (95º lugar).

Confira o ranking geral do IGest clicando aqui.

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