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Após guerra judicial, sandálias criadas no Acre serão chamadas de “Aquiri”

Além de nome, empresário teve que mudar o material utilizado. ‘Tivemos o cuidado de não desobedecer uma ordem judicial’, diz. empresário.

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Além de nome, empresário teve que mudar o material utilizado. ‘Tivemos o cuidado de não desobedecer uma ordem judicial’, diz. empresário

Iryá Rodrigues Do G1 AC

Após processo, empresário mudou nome de sandálias "Acrianas" para "Aquiri" (Foto: Iryá Rodrigues/G1)

Após processo, empresário mudou nome de sandálias “Acrianas” para “Aquiri” (Foto: Iryá Rodrigues/G1)

Após uma ordem judicial, datada de novembro deste ano, as sandálias “Acrianas” passaram a se chamar “Aquiri”. A mudança precisou ser feita depois que a empresa Alpargatas S.A. alegou que elementos específicos das Havaianas eram reproduzidos na marca acreana, como a palmilha e as tiras. Por isso, o empresário Jonas Cruz, de 54 anos, em cumprimento à Justiça, precisou também modificar o material utilizado no produto.

Segundo o empresário, as Havaianas alegam transtornos já que o nome da sandália fabricada no Acre é parecido com o da concorrente. “A saída foi a gente mudar o nome, agora também não faço mais questão, tenho que mudar todas as etiquetas e as marcas de tudo”, diz.

Ele explica que o novo nome foi escolhido também em homenagem ao Acre, já que a palavra ‘aquiri’ deu origem ao nome do estado. “Nós optamos por mudar o nome para Aquiri, porque é um nome que também tem tudo a ver com o Acre. O estado era para se chamar Aquiri”, explica.

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Além do nome, outras medidas também foram tomadas pelo empresário da antiga Acrianas, entre elas a mudança da palmilha, antes composta de pequenos círculos ovais em alto relevo, que passou a ter outros modelos, inclusive estampas, e as chamadas “tiras gregas”, formadas por uma sequência de ‘Z’, que agora possuem modelos lisos e com outros formatos.

“As adequações começaram desde quando chegou o mandado judicial e a gente teve esse cuidado de não desobedecer. Hoje já estou com um fabricante que não parece mais com o deles, além disso, agora nós vamos trabalhar com borrachas que tem estampas, para não ter mais nenhum problema de aparência do material”, afirma Cruz.

De acordo com Cruz, o processo está caminhando, e ele não pretende mais entrar nesse assunto, pois acredita que mudando o nome e o material do produto fabricado, já está cumprindo com o pedido da Justiça. Além disso, o empresário ressalta que nunca quis se privilegiar de outra marca. Ele acredita que o fato de despertar a curiosidade dos clientes não foi pelo nome em si, e sim por causa dos modelos diferentes e mais ousados.

Há pouco mais de dois meses, a primeira loja das sandálias foi inaugurada no Segundo Distrito da capital. O empresário conta que a necessidade de abrir uma loja veio após a experiência de levar seus produtos para a Expoacre. Com a aceitação do público, e os questionamentos de onde encontrar as peças para comprar, ele acabou abrindo um espaço para vender as sandálias.

Empresário acredita que os modelos conquistaram os clientes não pelo nome, mas por serem diferentes e ousados (Foto: Iryá Rodrigues/G1)Empresário acredita que os modelos conquistaram os clientes não pelo nome, mas por serem diferentes e ousados (Foto: Iryá Rodrigues/G1)
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Os modelos customizados podem ser encontrados na loja, já as sandálias que serão comercializadas nos supermercados a partir da próxima semana são três modelos: um que lembra a bandeira do Acre, outro com desenhos indígenas e um que simboliza a seringueira.

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Sobre as vendas, o empresário diz que esse ano foi difícil. “Primeiro veio o problema da enchente, que prejudicou muito o comércio, depois esperávamos pelas vendas no período da Copa do Mundo e não alcançamos. Para mim foi um ano de experiência e tenho mantido clientes fiéis que são nos supermercados. A expectativa agora é aquecer as vendas em 2015, agora no final do ano tem tido um aquecimento, nós vamos lançar novidades no mercado agora em dezembro”, conclui Jonas.

Alpargatas S.A. informou, por meio de sua assessoria, que o porta-voz da empresa não se encontrava para se procunciar sobre o caso.

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1º ciclo unificado de auditorias na pecuária da Amazônia: divulgados os resumos públicos por empresas

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Foto ilustrativa por rawpixel.com, em domínio público, via nappy.co

(MPF)  – O Ministério Público Federal divulgou os resumos públicos de resultados de cada empresa participante do primeiro ciclo unificado de auditorias na cadeia econômica da pecuária na Amazônia Legal.

Os resumos apresentam dados mais detalhados do que os divulgados no evento realizado em outubro de 2023 para anunciar os resultados. O ciclo marcou a primeira vez em que auditorias nessa cadeia econômica foram realizadas a partir de critérios idênticos para toda a Amazônia.

Foram divulgados resumos referentes a empresas que passaram por auditorias contratadas e, também, os resumos de resultados relativos a empresas que foram submetidas às chamadas auditorias automáticas. Confira aqui os resumos.

Dois tipos de auditorias – As auditorias contratadas são feitas por empresas independentes, cujas contratações estão previstas em acordos que vêm sendo assinados desde 2009 entre MPF, setores produtivo e empresarial e órgãos de fiscalização.

Já as auditagens automáticas são realizadas a partir de dados de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) dos fornecedores de empresas que não assinaram acordos com o MPF ou não contrataram auditorias próprias para avaliar suas compras.

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As checagens verificam se há controle da origem da matéria-prima, para que a legislação seja respeitada. O cumprimento da legislação evita, por exemplo, que sejam comercializados animais com origem em áreas com desmatamento ilegal, trabalho escravo, invasões a unidades de conservação e a terras indígenas.

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