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Sem jogos, árbitros recorrem a bicos por sobrevivência financeira: “Não temos apoio”

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479 integram o quadro nacional da Confederação Brasileira de Futebol e receberão auxílio financeiro — Foto: TV Globo

Dentro de campo eles têm que lidar com a pressão de jogadores, torcedores, dirigentes… Mas agora vivem uma pressão diferente, longe dos estádios. Com a paralisação do futebol brasileiro por conta da pandemia causada pela Covid-19, também parou a renda dos árbitros, que recebem por jogo. Saber como eles estão lidando com esse percalço financeiro é o tema da reportagem deste domingo do Esporte Espetacular.

O árbitro assistente Jean Carlos trabalha na profissão há 20 anos. Antes da interrupção, apitava no Campeonato Acreano. Ele mora na capital Rio Branco com a esposa e duas filhas.

– Minha válvula de escape tem sido ficar como motorista. Alugo o carro, as pessoas me ligam e eu faço corrida – conta o árbitro que, sem o cachê dos jogos, viu as contas começarem a atrasar.

“Duas parcelas este mês do carro e do seguro. Esse mês não tem como. Ou você compra comida ou você atrasa o carro. Então é melhor comprar o alimento da família.”

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A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol tem 4.018 cadastrados. Desses, 479 integram o quadro nacional da Confederação Brasileira de Futebol e receberão uma ajuda da entidade: a antecipação do pagamento de uma partida.

Os árbitros principais e que estão no quadro internacional da Fifa podem receber até R$ 5 mil. Os nacionais, R$ 4 mil. A ajuda, no entanto, não atinge os árbitros estaduais.

– As federações são autônomas e independentes, e deveriam seguir o exemplo da CBF para que medidas como essa possam alcançar e beneficiar os árbitros que não são do quadro nacional – defende Paulo César Vasconcelos, comentarista da Globo.

Outro exemplo é o de Leandro Barchz, que apitou três jogos no Campeonato Potiguar. Ele morava com a mãe e a filha, mas, com a necessidade de isolamento social, ambas foram para o interior do Rio Grande do Norte, e ele ficou sozinho em Natal procurando emprego.

– Estou fazendo frete para um, ir no supermercado para outro, levando alguma pessoa para um canto… Mas muito pouco. Não está dando nem para sobreviver. Precisamos voltar a ganhar nosso dinheiro, cuidar da nossa família, e a situação não está fácil. Não temos o apoio de ninguém. A gente tem que se manter basicamente só. Recebemos a notícia de que a CBF ia ajudar os árbitros do quadro nacional. A gente queria também para o quadro local – fala Leandro.

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Chefe de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba falou sobre o assunto:

– A ajuda da CBF se dará da seguinte forma: vamos adiantar a principal taxa, o maior valor que o árbitro recebeu nas competições organizadas pela CBF no ano de 2019. Então esse árbitro vai receber esse adiantamento durante este momento de crise, para que consiga auxiliar a si e aos seus imeditados. O objetivo é dar um suporte. Por Victor Andrade — Globo esporte – Recife

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Atletas viajam mais de 4 horas para participar de Campeonato Feminino futebol em Cruzeiro do Sul

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O Manchester United venceu o Cruzeiro por 1×0 neste sábado no Estádio O Cruzeirão – Foto: Assessoria

O Campeonato Feminino de futebol, realizado pela prefeitura de Cruzeiro do Sul, que conta com a participação de 13 equipes, seis da zona rural sete da zona urbana, caminha para a reta final da fase de grupo.

O esforço das atletas é grande para participar das competições e um dos times chama atenção pela distância que percorre para chegar ao estádio:são ao menos 4 horas de viagem. Esse é o desafio das jogadoras do Manchester United, formado por atletas do ramal 3, localizado na BR 364. As jogadoras e comissão técnica moram no final do ramal, algumas chegam percorrer a pé mais de duas horas até chegar no ponto onde o caminhão espera para trazer o time para cidade.

No primeiro jogo, o time perdeu de 11 a 0, para o Flamengo que lidera o grupo C com 6 pontos. Mas a derrota não abalou as meninas, e o time deu a volta por cima na noite deste sábado, 13, ao vencer o Cruzeiro com o placar de 1 a 0, assumiu o segundo lugar do grupo com 3 pontos. O triunfo foi muito comemorado pelas jogadoras.

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Autora do único gol da partida, a camisa 7 Samya Silva, disse que o resultado do jogo tem um significado importante para a equipe e para sua comunidade rural”

“Eu pedi muito esse gol e ele veio, agradecer a equipe que soube se defender e conseguiu buscar o resultado que precisávamos para seguir no campeonato. Esses três pontos era tudo que o time precisava nesse momento, estamos muito felizes e vamos levar essa alegria para nossa comunidade que ficaram lá torcendo por nós “, declarou Samya.

A jogadora Naira Costa é umas das atletas que mora no final do ramal. Ela conta que quando chove e não entram carros no ramal, ela sai a pé.” Quando está seco, a gente gasta em média 30 a 40 minutos de moto até chegar no ponto onde está o caminhão que a prefeitura manda para trazer nosso time, mas quando chove, aí tem que ser andando mesmo. Mas, isso não tira a nossa alegria e vontade de vir jogar. Nós agradecemos muito a prefeitura de Cruzeiro do Sul e ao prefeito Zequinha Lima por realizar esse campeonato e pela oportunidade de poder participar”, conclui.

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