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Artigo: evite o transtorno que as queimadas causam

Todos os anos, no período do verão amazônico, nos deparamos com uma grande seca no Acre que, além de trazer enfermidades à população, acarreta grande prejuízo ao meio ambiente.

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Todos os anos, no período do verão amazônico, nos deparamos com uma grande seca no Acre que, além de trazer enfermidades à população, acarreta grande prejuízo ao meio ambiente.

Por Marcelo Torres

Entre os meses de julho e outubro, a escassez de chuvas é grande, pois poucos focos desse fenômeno da natureza são registrados pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).

Durante esses quatro meses, a preocupação não se resume à penúria das chuvas, mas a uma prática considerada cultural na Região Norte, que é queimar, seja na cidade ou no campo. Várias pessoas aproveitam esse período do ano, quando a umidade relativa do ar cai drasticamente e a vegetação ganha aspecto seco, mas, segundo as autoridades, queimar é crime, seja na área urbana ou rural, com multas que podem variar de R$ 300 a R$ 1.000 e em área de reserva legal, a R$ 5.000 por hectare.

Os órgãos ligados à área ambiental, como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e as secretarias municipal e estadual de Meio Ambiente, além do Corpo de Bombeiros Militar, enfrentam uma verdadeira batalha para coibir essas ações, como também orientam a população sobre os malefícios que essas práticas causam.

Como relatei, há vários anos ocorre essa problemática, mas as pessoas ainda não se conscientizaram de que queimando lixo no quintal estão prejudicando a si mesmas. Infelizmente, muitos ainda não se preocupam com o bem-estar do próximo, mas com o financeiro, porque acham mais barato ou simplesmente têm prazer em queimar lixo e roçados.

Hoje em dia é muito fácil culpar alguém por um erro, mas assimilar que está praticando é raro. Observo que, quando o cidadão recebe uma multa, a primeira pessoa que ele culpa é o governo ou o órgão que o autuou, porém, dá continuidade ao erro no ano seguinte. As estatísticas mostram que as pessoas que são notificadas este ano já receberam notificações nos anos anteriores.

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Não pratico queimadas, mas como posso ajudar?

Denunciar! Essa é umas das melhores formas de ajudar aos órgãos competentes chegarem aos infratores e penaliza-los, pois muitos só aprendem quando seu bolso é atingido, e as reclamações podem ser feitas pelo 190, 193, 3228-5765 (SEMEIA) e 3227-5095 (Policiamento Ambiental). Outra forma de auxiliar é receber bem os ficais que desenvolve atividades de orientação.

As queimadas urbanas são regulamentadas pela lei municipal nº 1.330/99, onde no artigo 112 diz que fica proibida a queima a céu aberto. Também a lei municipal 1.459/92 regulamenta a questão das queimadas urbanas.

No artigo 12, inciso VI da lei 1.459/92 diz que: “efetuar queima ao ar livre, em área própria ou pública, de lixo domiciliar bem como de restos de poda de árvores até o volume de 100 litros” dá uma simples de 2,24 UFMRB.

O artigo 13, em seu inciso XV considera como infração grave “utilizar ou provocar fogo para destruição de formas vegetacionais em projetos agropastoris ou qualquer outra área sem a devida licença ou desacordo com a obtida”.

Já o inciso XVI da lei 1.459/92 diz que “efetuar queima ao ar livre ou em incineradores que operem sem autorização ou fora dos padrões legais de resíduos domiciliares em volume superiores a 100 litros” provoca uma multa diária para os estabelecimentos comerciais, industriais, institucionais ou prestadores de serviço.

Queimar não ajuda

Muitos agricultores se utilizam das queimadas para o preparo das áreas agrícolas voltadas para o cultivo de lavouras, renovação de pastagens, controle ou combate de pragas e doenças de plantas, de criações, além de plantas invasoras, entretanto, sabe-se que a queimada altera, direta ou indiretamente, as características físicas, químicas, morfológicas e biológicas dos solos, como o pH, teor de nutrientes e carbono, biodiversidade da micro, meso e macrofauna, temperatura, porosidade e densidade.

Sem falar no aumento do efeito estufa, na redução da qualidade do ar e da água, e da saúde. As queimadas podem ser abolidas pelo uso de tecnologias como práticas conservacionistas de solo e água e sistemas de produção sustentada.

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Uma das alternativas é a queimada controlada, ou seja, as famílias que depende da agricultura para subsistência solicita ao Imac autorização para a queima de um hectare de terra. O pedido de autorização é deferido no prazo de até 30 dias e não é concedida aos posseiros, por eles não possuírem a propriedade legal sobre a área de terra.

Quando foi criado o plano de integração de prevenção, controle e combate às queimadas para diminuir os focos de calor no Acre, a estratégia foi proibir todo tipo de queimada. Porém, a prática comprometeu os pequenos produtores, que não tiveram acesso à mecanização e não puderam substituir a queimada pelo uso da tecnologia. Com isso, a proibição acabou contribuindo para o aumento do número de queimadas não autorizadas.

Não somos os únicos culpados

Como o Acre está localizado em uma região que faz tríplice fronteira entre Brasil, Bolívia e Peru, as queimadas que são realizadas nesses países, principalmente na Bolívia faz com que os ventos tragam muita fumaça, pois não há controle de incêndios nos países vizinho.

Juntando toda a fumaça das queimadas praticadas aqui com as que vêm da Bolívia, causa um grande transtorno na vida dos acreanos, com isso, os postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (Upa), ficam superlotados com crianças e idosos com problemas respiratórios e até o tráfego aéreo é afetado pela densa fumaça que se forma.

Fica a dica!

Estamos iniciando o verão amazônico, e para que esses e outros problemas sejam amenizados no pico do verão que é entre agosto e setembro, vamos fazer nossa parte em não queimar lixo nos quintais, denunciar que insiste em queimar e tomar alguns cuidados com a saúde para que tenhamos um verão bonito, agradável e que todos aproveitem de forma consciente.

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Justiça do Trabalho do Acre e Rondônia lidera ranking nacional por desempenho de Varas da Justiça do Trabalho

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Resultado no IGest posiciona Tribunal como referência em excelência administrativa – Foto: Secom/TRT-14

(Secom/TRT-14) – A Justiça do Trabalho nos estados de Rondônia e Acre teve seu desempenho avaliado no Índice Nacional de Gestão do Desempenho da Justiça do Trabalho (IGest) entre o período de janeiro a dezembro de 2023, e os resultados colocaram o Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (RO/AC) no topo do ranking nacional elaborado pela Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho. 

A última atualização, em 17/04/2024, revelou que 26 varas do trabalho do TRT-14 se destacaram no 1º quartil (grupo), enquanto outras 6 ficaram no 2º quartil, entre um total de 1.569 varas no país. O desempenho das 26 Varas do Trabalho do TRT-14 representa 81,25% do total de varas nos estados de Rondônia e Acre. (confira o quadro)

Das 32 varas do TRT-14, 26 estão no grupo dos 25% melhores resultados em relação às demais varas trabalhistas do Brasil

O desembargador Osmar J. Barneze, presidente e corregedor do TRT-14, parabenizou magistrados(as), servidores(as) e equipes pelo trabalho e dedicação em prol da Justiça e da cidadania. “Estamos muito orgulhosos do desempenho excepcional de nossas varas no Índice Nacional de Gestão do Desempenho da Justiça do Trabalho. Esse resultado reflete o comprometimento de todos e todas em oferecer uma administração judiciária de qualidade e eficiência. Continuaremos trabalhando incansavelmente para manter e superar nossos padrões de excelência, garantindo assim um serviço judiciário cada vez melhor para a população de Rondônia e Acre”, destacou. 

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Resultado IGEST

O Índice Nacional de Gestão do Desempenho da Justiça do Trabalho (IGest) foi criado pela Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho com o propósito de aprimorar a gestão das varas do trabalho em todo o país. O IGest analisa todas as 1.569 unidades judiciárias de 1º Grau e oferece um indicador numérico que resume os dados estatísticos relacionados, o que engloba acervo processual, celeridade, produtividade, taxa de congestionamento e força de trabalho. 

O primeiro quartil separa 25% das varas que possuem os melhores indicativos e o IGest proporciona uma avaliação do desempenho de cada vara, permitindo análises em nível nacional, regional ou de acordo com diferentes faixas de movimentação processual.

São Miguel do Guaporé possui a 6ª melhor VT do Brasil

A Vara do Trabalho de São Miguel do Guaporé (RO) alcançou a 6ª posição no Índice Nacional de Gestão do Desempenho da Justiça do Trabalho. No último ano foi constatada uma melhora no percentual de varas no primeiro quartil em comparação com a divulgação anterior, resultando na recuperação do TRT- RO/AC como o tribunal com maior número de varas do primeiro grupo. 

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Além da VT de São Miguel do Guaporé, outras unidades se destacaram, figurando entre as 100 melhores do país, sendo elas a 1ª VT de Ji-Paraná (18º lugar), VT de Pimenta Bueno (33º lugar), VT de Rolim de Moura (56º lugar), VT de Guajará-Mirim (79º lugar) e a VT de Jaru (95º lugar).

Confira o ranking geral do IGest clicando aqui.

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