Comerciantes protestam contra fechamento do comércio após reclassificação do AC para faixa vermelha – Foto: Lidson Almeida
Um grupo de pequenos comerciantes do Centro da capital acreana protestou, nesta quarta-feira (3), em frente ao Palácio Rio Branco contra o fechamento do comércio após a reclassificação de todas as regionais do estado para a bandeira vermelha, de emergência. Eles pedem que o governo reconsidere a situação dos pequenos empresários que vivem das vendas diárias. Do G1 Acre
A porta-voz do governador Gladson Cameli, Mirla Miranda disse que o grupo se comprometeu em formalizar um documento e encaminhar ao governo e que só após isso é que o estado vai se pronunciar.
A regressão das regionais foi anunciada pelo Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 na última segunda (1), quase um ano após o início da pandemia. A medida foi tomada após a alta na taxa de ocupação dos leitos destinados aos pacientes em tratamento da doença em todas as unidades de saúde do estado, além do aumento dos casos e mortes.
O estado registrou os primeiros casos de Covid-19 no dia 17 de março de 2020. Nessa terça (2), o estado acreano ultrapassou os 49 mil casos da doença e 876 pessoas perderam suas vidas. Além disso, 197 pessoas seguem internadas em tratamento nas unidades de saúde.
Durante a faixa vermelha, só podem funcionar os serviços considerados essenciais. Os demais estabelecimentos comerciais só podem funcionar por meio de delivery ou retirada de produto.
‘Não é culpa do comércio’
O comerciante Jorge Souza participou do ato e disse que o grupo busca sensibilizar o governador Gladson Cameli com relação aos pequenos comerciantes.
Ele disse ainda que outras cidades do país que também estão na faixa vermelha na classificação de risco durante a pandemia mantiveram os comércios abertos, porém seguindo protocolos.
“A gente sabe que é possível, a gente sabe que o aumento dos casos de Covi-19 não é culpa do comércio. O pequeno comércio está sendo prejudicado por conta do decreto. Sabemos que o decreto nesse momento da pandemia é certo, mas não pode impedir as famílias de tentarem ganhar seu ganha pão. Muitos pequenos comércios nesse momento, se passarem 15 a 20 dias sem trabalhar vão passar fome, essa é a verdade. Nós estamos aqui pedindo que o governador olhe para essas pessoas e dê uma solução”, disse Souza.
Ele sugeriu ainda que o governo estabelecesse, ao menos, um horário para o funcionamento do comércio, mesmo que fosse de 8h às 14h. Souza também falou sobre os prejuízos que a categoria vem acumulando desde o início da pandemia, em março do ano passado e lembrou que chegaram a ficar cerca de três meses fechados.
“Agora veio esse outro decreto e ninguém sabe se daqui 15 ou 20 dias vai flexibilizar. Então, o nosso prejuízo no primeiro momento foi grande, só a gente que viveu sabe o que passou naquele momento. E não queremos passar isso de novo, de demitir funcionário, de ter não poder dar o melhor para nossa família. Naquele momento, ainda tinha o auxilio que ajudou muitas pessoas e agora não tem mais, não tem para onde nós corrermos, a solução é trabalhar com todos os cuidados devidos”, afirmou.
Também comerciante no Centro de Rio Branco, Sostenes Castro também pediu a compreensão por parte do governo e um olhar para a categoria. Ele disse que sua mãe também trabalha na região e não poder trabalhar vai afetar toda a família.
“Os prejuízos desde o ano passado são incontáveis. Hoje quem vai sofrer com esse decreto são nossas famílias, porque nós vivemos do comércio local e dependemos das vendas diárias para ter nosso sustento. E questão de pandemia é um assunto muito delicado, dinheiro veio, dinheiro está vindo. Quando iniciou a pandemia até que não tinha leitos, não tinha UTI, mas vai fazer um ano de pandemia, o que foi feito com esse dinheiro? Nós comerciantes não devemos pagar essa conta, o comércio não tem culpa do aumento de casos, essa é nossa indignação”, reclamou.
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Veja o Vídeo: O prefeito da segunda maior cidade do Acre, Zequinha Lima, se pronunciou sobre o decreto com medidas mais rigorosas. O governador do Estado decretou o fechamento do comércio, igrejas, academias e outros. Segundo o Decreto 5.496, durante a Bandeira Vermelha estarão autorizados a funcionar estabelecimentos como supermercados, mercantis e congêneres; farmácias; clínicas médicas, psicológicas, odontológicas e veterinárias; espaços de fisioterapia; laboratórios; óticas; oficinas mecânicas no geral; bancos; hotéis; funerárias; postos de combustíveis; lojas de materiais de construção; indústria em geral com atendimento ao público mediante agendamento; além empresas de alimentos, medicamentos, águas, gás, produtos de limpeza, higiene e de EPIs.
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