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Morte de médico que fez alerta sobre o coronavírus gera revolta na China, e governo anuncia investigação
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Imagem mostra foto do oftalmologista Li Wenliang, que morreu com coronavírus após ser reprimido pela polícia chinesa ao tentar alertar sobre o surto quando ele ainda estava no início. Retrato foi visto entre flores em frente ao Hospital Central de Wuhan, na China. — Foto: STR/ AFP
A morte do médico Li Wenliang – apontado como um dos primeiros a identificar a existência do surto do novo coronavírus, alertar as autoridades, e ser convocado pela polícia pela atitude – provocou uma onda de revolta na população, informou a agência France Presse.
A reação negativa após a morte do médico levou as autoridades do país a anunciarem a abertura de uma investigação. A prefeitura de Wuhan deu pêsames à família.
A epidemia já matou 637 pessoas na China e 1 nas Filipinas. Mais de 31 mil pessoas estão infectadas com o vírus 2019-nCoV.
O doutor Li, de 34 anos, morreu no hospital central de Wuahn, cidade de 11 milhões de habitantes que está isolada do mundo desde 23 de janeiro. O oftalmologista contraiu a doença quando tratava um paciente.
Doença subestimada
O governo da China vem sendo acusado de subestimar a gravidade do vírus no início da proliferação da doença e de tentar mantê-lo em segredo. A morte de Wenliang ilustra a situação caótica dos hospitais de Wuhan, muito saturados.
Um alto funcionário do governo provincial admitiu na quinta-feira que os profissionais da área da saúde não contam com equipamento de proteção contra o vírus.
No início de fevereiro, o governo chinês admitiu falha na resposta à epidemia do novo coronavírus.
A morte de Wenliang trouxe ainda mais a sensação de descaso das autoridades com a população.
As redes sociais foram tomadas por hashtags contra o governo, mas elas logo foram censuradas.
Regime chinês abalado
A morte do médico parece ter provocado estupor no regime.
O presidente Xi Jinping assegurou a Donald Trump que o país é “completamente capaz” de derrotar o coronavírus.
Também pediu ao governo dos Estados Unidos uma reação “de forma razoável” à crise. Washington proíbe a entrada em seu território dos estrangeiros que passam pelo território chinês. No início da semana, a China acusou o país de “propagar o pânico”.
Xi afirmou que a China está travando “uma guerra popular” contra a epidemia, com “mobilização nacional e medidas de prevenção e controle muito estritas”, informou o canal CCTV.
Donald Trump “expressou sua confiança na força e resistência da China para enfrentar o desafio do novo surto de coronavírus” e os dois presidentes “concordaram em continuar a ampla comunicação e cooperação”, indicou a Casa Branca.
Médico convocado pela polícia
Li Wenliang é apontado como um dos primeiros a identificar a existência do surto do novo coronavírus e alertar as autoridades. Ele foi um dos oito médicos que a polícia chinesa investigou sob acusação de “espalhar boatos” relacionados ao surto. O oftalmologista contraiu a doença quando tratava um paciente. Ele era casado e tinha uma filha de cinco anos.
Agora, ele é considerado um herói nacional, ainda mais em comparação com os funcionários do governo local acusado de ocultar o surgimento da epidemia.
“É um herói que fez o alerta e pagou com sua vida”, escreveu um de seus colegas na rede social Weibo.
“Que todos os funcionários que enriquecem com dinheiro público morram debaixo da neve”, afirmou um internauta, em um comentário apagado imediatamente pelos censores. Do G1
Mulher é vista colocando flores em frente ao Hospital Central de Wuhan, onde o médico oftalmologista Li Wenliang morreu com coronavírus; ele chegou a ser investigado pela polícia por ‘espalhar boatos’ quando identificou o coronavírus antes da doença se tornar um surto internacional. — Foto: STR/AFP
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Ucrânia: Republicanos se dividem sobre ajuda a Kiev e podem ser parte de mudança no conflito, diz CNN
Diversos membros de alto escalão do partido já anunciaram sua intenção de “estudar cuidadosamente” os gastos dos EUA na Ucrânia
Diversos membros de alto escalão do partido já anunciaram sua intenção de “estudar cuidadosamente” os gastos dos EUA na Ucrânia – Foto: Reuters / Tom Brenner
Sputnik – Membros do Partido Republicano, dos Estados Unidos, correm o risco de entrar em desacordo sobre a ajuda militar do país à Ucrânia, caso a sigla passe a ter maioria no Congresso após as eleições de meio de mandato, em novembro, informa a CNN, citando congressistas.
Como lembra o canal de TV estadunidense, diversos membros de alto escalão do partido já anunciaram sua intenção de “estudar cuidadosamente” os gastos dos EUA na Ucrânia na hipótese de uma vitória republicana nas eleições.Além disso, o líder da minoria republicana na Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, já afirmou que, neste cenário, Washington continuará prestando assistência militar a Kiev, mas não haverá mais “cheque em branco”.
McCarthy também disse que cortar gastos em geral será a prioridade, se os republicanos conquistarem o controle da Câmara. A mídia aponta que ele tem chances de se tornar o presidente da Casa em janeiro, a depender das eleições.Ao mesmo tempo, a CNN recorda que, por outro lado, o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, apoiou publicamente a preservação dos volumes de ajuda militar concedidos a Kiev até o momento.A publicação avalia que a divisão no partido pode se tornar “um ponto de discórdia” e “ser parte de uma mudança maior” no conflito ucraniano.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirma que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão “brincando com fogo” ao fornecer armas à Ucrânia. Conforme anunciou o ministro russo da pasta, Sergei Lavrov, qualquer carga que contenha armas à Ucrânia se tornará alvo legítimo para Moscou.
Em outra ocasião, o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, ressaltou que a política de envio de armas à Ucrânia não contribui para o sucesso das negociações russo-ucranianas.
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