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Por mês, Justiça recebe cerca de 70 processos de violência contra mulher em Cruzeiro do Sul

Cruzeiro do Sul ganhou Vara especializada há dois anos. Ao todo, 1,2 mil processos estão em andamento.

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Cruzeiro do Sul ganhou Vara especializada há dois anos. Ao todo, 1,2 mil processos estão em andamento.

Por mês, Justiça recebe cerca de 70 processos de violência contra mulher no interior do Acre— Foto: Reprodução/JN

O Acre possui duas Varas especializadas de proteção à mulher. Uma delas, implantada há dois anos, fica em Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do estado, com 87.673 habitantes.

Atualmente, estão em andamento 1,2 mil processos de violência doméstica na cidade. Por mês, são encaminhados para a Vara de 50 a 70 processos.

A implantação da especializada na cidade foi uma medida para dar mais celeridade a processos que envolvem violência contra a mulher na região. 

Porém, a titular da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco, Shirlei Hage, diz que o número de processos é considerado alto. Em Rio Branco, a quantidade de processos como esses registrados chega a 3.114.

Apesar de ter sido instalada a especializada, a Vara também julga processos de execução penal. Porém, a magistrada destaca que a implantação fez com que os casos tivessem um andamento mais célere.

“Você consegue direcionar o trabalho. A gente sempre fez muita campanha porque a violência aumentou também, não foi só a divulgação. Também não foi somente a violência contra mulher, se a gente fizer uma análise, vê que a violência aumentou como um todo. Ninguém apanha porque quer, ninguém quer apanhar”, destaca.

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Ciclo de violência

A juíza destaca ainda que, muitas vezes, a mulher fica refém das agressões e cria uma dependência com o seu agressor, maior parte companheiros.

“A mulher abre mão dela para ser mãe, proteger os filhos e a família. É nesse ponto que a gente tenta entrar e fazer ela perceber que é importante e a gente tenta fazer com que ela saia mais fortalecida, porque ela pensa que não vai ter como se sustentar e até cria uma dependência emocional. Passa a acreditar que não consegue viver sem aquela pessoa”, explica.

E é aí que o trabalho da rede de atendimento se inicia. Uma equipe multidisciplinar acompanha essa mulher para que ela consiga sair do ciclo de violência, seja ela emocional ou física.

“A gente desenvolve um trabalho para mostrar que ela [a mulher] é importante e que ela precisa sair dali, mas não é fácil. Infelizmente, a nossa sociedade, de uma forma geral, é machista, diz que a mulher provocou. Parece que tenta justificar a ação do agressor e isso não existe”, pontua a juíza.

Aplicativo em prol da Justiça

Quando a mulher faz o pedido de medida cautelar contra seu agressor, automaticamente ela passa a ser atendida por um psicólogo e também outros profissionais da equipe. E foi pensando em fiscalizar e acompanhar melhor esse processo que o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) quer contar com a tecnologia.

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Foi assinada, na sexta-feira (15), o termo de cooperação técnica do aplicativo “Botão da Vida”, uma ferramenta que a mulher vai poder usar, caso identifique que o seu agressor está descumprindo a determinação judicial.

A intenção é criar a patrulha Maria da Penha, que será uma viatura militar destinada a atender, especificamente, aos chamados do aplicativo, que pode ser baixado nos dispositivos da Apple e Android, mas vai precisar da autorização da Vara de Proteção à Mulher, que também será a responsável pelo envio das informações necessárias à Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia para serem inseridas ao aplicativo para o funcionamento eficaz.

Todo esse cadastramento deve ser feito na unidade judiciária.

“Qualquer pessoa pode denunciar violência doméstica e deve. Temos aí vários casos em que mulheres morrem pedindo socorro, mas ninguém ajuda porque ainda se tem aquele velho pensando de que briga de marido e mulher ninguém mete a colher, mas mete sim. Porque a mulher muitas vezes está sendo obrigada a estar ali”, enfatiza a juíza.

As denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pelo Disque 180 ou pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, que é o 190.

Por Tácita Muniz, G1 

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1º ciclo unificado de auditorias na pecuária da Amazônia: divulgados os resumos públicos por empresas

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Foto ilustrativa por rawpixel.com, em domínio público, via nappy.co

(MPF)  – O Ministério Público Federal divulgou os resumos públicos de resultados de cada empresa participante do primeiro ciclo unificado de auditorias na cadeia econômica da pecuária na Amazônia Legal.

Os resumos apresentam dados mais detalhados do que os divulgados no evento realizado em outubro de 2023 para anunciar os resultados. O ciclo marcou a primeira vez em que auditorias nessa cadeia econômica foram realizadas a partir de critérios idênticos para toda a Amazônia.

Foram divulgados resumos referentes a empresas que passaram por auditorias contratadas e, também, os resumos de resultados relativos a empresas que foram submetidas às chamadas auditorias automáticas. Confira aqui os resumos.

Dois tipos de auditorias – As auditorias contratadas são feitas por empresas independentes, cujas contratações estão previstas em acordos que vêm sendo assinados desde 2009 entre MPF, setores produtivo e empresarial e órgãos de fiscalização.

Já as auditagens automáticas são realizadas a partir de dados de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) dos fornecedores de empresas que não assinaram acordos com o MPF ou não contrataram auditorias próprias para avaliar suas compras.

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As checagens verificam se há controle da origem da matéria-prima, para que a legislação seja respeitada. O cumprimento da legislação evita, por exemplo, que sejam comercializados animais com origem em áreas com desmatamento ilegal, trabalho escravo, invasões a unidades de conservação e a terras indígenas.

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