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Vídeo: Armados, jagunços aterrorizam famílias em terra pública
Representantes das famílias vieram em Rio Branco pedir, nesta quarta-feira, a intervenção do secretário Nilson Mourão.
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Representantes das famílias vieram em Rio Branco pedir, nesta quarta-feira, a intervenção do secretário Nilson Mourão.
Por Assem Neto / acjornal
Jagunços armados com pistolas, espingardas e usando colete balístico aterrorizam famílias de posseiros no Seringal Novo Andirá, na divisa do Acre com o Amazonas, dentro do município de Porto acre. Os pistoleiros estariam a serviço de um médico que também é coronel do Exército aposentado e tem contrato com o Estado do Acre. O médico reivindica a propriedade do seringal que já foi arrecadado pelo Incra, através da Ouvidoria do instituto sediado no Sul de Lábrea (AM).
Com a arrecadação, as terras estão prontas para serem regularizadas e as famílias que ali residem há vários têm o direito de posse, como observou a Superintendência do Incra em Boca do Acre (AM).
Representantes das famílias vieram em Rio Branco pedir, nesta quarta-feira, a intervenção do secretário Nilson Mourão (Direitos Humanos) e da Promotoria de Conflitos Agrários do Ministério Público. Eles tentam obter uma ordem judicial para retirar os jagunços do seringal e, assim, evitar um conflito com os posseiros. “Há o risco de chacina”, disse o ex-diretor de Conflitos Agrários da Fetacre (Federação dos Trabalhadores Rurais do Acre).
A presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Rosana Nascimento, foi orientada a seguir para a região em conflito somente quando houver uma ordem da justiça para retirar os jagunços. A sindicalista passou a manhã empenhada em sensibilizar as autoridades para que haja uma intervenção de estado.
Humilhante
Os jagunços chegaram no seringal na tarde desta terça-feira, sem ordem judicial. De imediato, expulsaram as famílias de suas casas e jogaram pertences pessoais no eixo da estrada. As famílias exigem que os jagunços apresentem uma ordem da justiça. O clima é tenso e há crianças e idosos sob ameaças. Eles foram comunicados que devem deixar as terras até esta quinta-feira. Um vídeo que o acjornal publica com exclusividade (veja abaixo) foi gravado por um posseiro.
Documento frio
O Incra no Amazonas não reconhece Arnaldo Thomas como proprietário da área em questão. O registro foi feito pelo médico na cidade de Senador Guiomard e depois transferido para Rio Branco. O documento é considerado ilegítimo e foi lavrado, em 1999, por uma juíza acusada na CPI da Grilagem de Terras do Congresso Nacional pela emissão de documentos públicos falsos. À época, a irregularidade nos cartórios de registros públicos do Acre favoreceu vários fazendeiros na divisa da Linha Cunha Gomes. A magistrada foi aposentada compulsoriamente.
Telejornal 3 de Julho 10ª Edição
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1º ciclo unificado de auditorias na pecuária da Amazônia: divulgados os resumos públicos por empresas
Foto ilustrativa por rawpixel.com, em domínio público, via nappy.co
(MPF) – O Ministério Público Federal divulgou os resumos públicos de resultados de cada empresa participante do primeiro ciclo unificado de auditorias na cadeia econômica da pecuária na Amazônia Legal.
Os resumos apresentam dados mais detalhados do que os divulgados no evento realizado em outubro de 2023 para anunciar os resultados. O ciclo marcou a primeira vez em que auditorias nessa cadeia econômica foram realizadas a partir de critérios idênticos para toda a Amazônia.
Foram divulgados resumos referentes a empresas que passaram por auditorias contratadas e, também, os resumos de resultados relativos a empresas que foram submetidas às chamadas auditorias automáticas. Confira aqui os resumos.
Dois tipos de auditorias – As auditorias contratadas são feitas por empresas independentes, cujas contratações estão previstas em acordos que vêm sendo assinados desde 2009 entre MPF, setores produtivo e empresarial e órgãos de fiscalização.
Já as auditagens automáticas são realizadas a partir de dados de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) dos fornecedores de empresas que não assinaram acordos com o MPF ou não contrataram auditorias próprias para avaliar suas compras.
As checagens verificam se há controle da origem da matéria-prima, para que a legislação seja respeitada. O cumprimento da legislação evita, por exemplo, que sejam comercializados animais com origem em áreas com desmatamento ilegal, trabalho escravo, invasões a unidades de conservação e a terras indígenas.
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