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AC tem maior taxa de encarceramento de jovens do país, diz estudo
Estado tem 1.321 presos jovens a cada grupo de 100 mil habitantes. Secretaria Nacional da Juventude traça perfil do sistema prisional do Brasil.
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Estado tem 1.321 presos jovens a cada grupo de 100 mil habitantes. Secretaria Nacional da Juventude traça perfil do sistema prisional do Brasil.
O Acre é o estado com maior taxa de encarceramento de jovens do país, é o que mostra o “Mapa do Encarceramento: Os Jovens do Brasil”, feito pela Secretaria Nacional da Juventude, divulgado nesta quarta-feira (3). O estado tem 1.321 presos jovens – entre 18 e 29 anos – a cada grupo de 100 mil habitantes da faixa etária.
O mapa leva em consideração a série histórica entre os anos de 2007 e 2012. Em relação ao primeiro ano analisado, o Acre já ocupava o primeiro lugar do ranking nacional, contabilizando uma taxa de 1.059 jovens presos por 100 mil habitantes.
Em números absolutos, o encarceramento de jovens sofreu uma variação positiva de 40% nos seis anos pesquisados. Em 2007, a quantidade de jovens nas unidades prisionais do estado chegava a 1.642. Já em 2012, esse número aumentou para 2.307.
O assessor Especial da Juventude do Acre, Weverton Matias, considera os números uma problemática. No entanto, ele rebate dizendo que os jovens acreanos são os mais ressocializados depois do cumprimento da pena.
“Uma informação nossa, do governo, é que o estado do Acre é o que mais ressocializa os jovens. Temos um índice de 80% nas unidades socioeducativas e 70% nos presídios. É uma problemática. Nós somos um estado pobre e, de alguma forma, isso contribui para a criminalidade, mas temos pensado em políticas articuladas de enfrentamento”, diz.
Matias diz ainda que as políticas públicas desenvolvidas no estado funcionam, sobretudo, de caráter preventivo nas áreas de educação e capacitação. “As políticas são de caráter preventivo, como inserção no mercado de trabalho; políticas educacionais como o Centro de Línguas e de Matemática. Temos também políticas específicas dentro das penitenciárias, tanto nas comuns quanto nas unidades socioeducativas”, acrescenta.
Situação carcerária no Acre
Segundo o Mapa do Encarceramento, o Acre também aparece com a maior taxa de encarceramento do Brasil, sem fazer distinção de faixa etária, em 2012. O estado contabiliza 482 pessoas presas a cada 100 mil habitantes. Os homens são maioria, assim como no restante do país. No entanto, nos seis anos pesquisados, o número de mulheres cresceu 69% e do homens 46%.
O estudo mostra que a população carcerária do estado é composta em sua maioria (70%) de condenados, 29,8% de provisórios e 0,2% em medida de segurança. Entre os condenados, 74% cumprem pena em regime fechado e 26% no semi-aberto.
Os dados trazem ainda o grau de escolaridade desses presos. Em 2012, a maioria dos que cumprem pena no Acre possui ensino fundamental incompleto (52%). Além desses, 8% dos detentos são analfabetos; 7% foi apenas alfabetizado; 9% possuem fundamental completo; 22% fizeram o ensino médio; 2% têm ensino superior; e em 1% dos casos a grau de instrução não foi informado.
Em relação aos tipos de crimes cometidos, o mapa mostra que 38% dos casos envolvem entorpecentes. Crimes contra o patrimônio totalizam 31%; crimes cometidos contra pessoas chegam 19%; outros tipos de ocorrências contabilizam 11%.
Caio Fulgêncio Do G1 AC
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1º ciclo unificado de auditorias na pecuária da Amazônia: divulgados os resumos públicos por empresas
Foto ilustrativa por rawpixel.com, em domínio público, via nappy.co
(MPF) – O Ministério Público Federal divulgou os resumos públicos de resultados de cada empresa participante do primeiro ciclo unificado de auditorias na cadeia econômica da pecuária na Amazônia Legal.
Os resumos apresentam dados mais detalhados do que os divulgados no evento realizado em outubro de 2023 para anunciar os resultados. O ciclo marcou a primeira vez em que auditorias nessa cadeia econômica foram realizadas a partir de critérios idênticos para toda a Amazônia.
Foram divulgados resumos referentes a empresas que passaram por auditorias contratadas e, também, os resumos de resultados relativos a empresas que foram submetidas às chamadas auditorias automáticas. Confira aqui os resumos.
Dois tipos de auditorias – As auditorias contratadas são feitas por empresas independentes, cujas contratações estão previstas em acordos que vêm sendo assinados desde 2009 entre MPF, setores produtivo e empresarial e órgãos de fiscalização.
Já as auditagens automáticas são realizadas a partir de dados de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) dos fornecedores de empresas que não assinaram acordos com o MPF ou não contrataram auditorias próprias para avaliar suas compras.
As checagens verificam se há controle da origem da matéria-prima, para que a legislação seja respeitada. O cumprimento da legislação evita, por exemplo, que sejam comercializados animais com origem em áreas com desmatamento ilegal, trabalho escravo, invasões a unidades de conservação e a terras indígenas.
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