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Após 3 anos, coordenador de imigrantes no Acre tira férias
Abrigo em Brasiléia foi desativado no último dia 15. ‘Minha missão era cuidar desses imigrantes’, diz.
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Abrigo em Brasiléia foi desativado no último dia 15. ‘Minha missão era cuidar desses imigrantes’, diz.
Damião Borges é o representante da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Acre (Sejudh) em Brasiléia, município distante 232 Km da capital acreana, que há três anos e meio ficou responsável pelo abrigo montado no município para receber os imigrantes que buscavam refúgio no país. Desde dezembro de 2010, pouco mais de 20 mil imigrantes passaram pelo Acre e o coordenador acompanhou tudo de perto. Agora, com a transferência do abrigo para Rio Branco, ele diz que está tentando se acostumar com a calmaria na sua rotina.
“Quando, há mais de três anos, você se levanta todos os dias para fazer um trabalho é estranho não fazê-lo mais. Eu me levantava às 6h da manhã e saía, muitas vezes, às 22h, era um ritmo acelerado, quando para assim, a gente estranha. Isso é o normal do ser humano”, diz.
Borges aproveita as férias para cuidar da saúde e fazer um check-up, mas não descarta a possibilidade de participar do abrigo em Rio Branco. “Estou aproveitando a tranquilidade para fazer uns exames. Devo ficar de férias por 15 a 20 dias, mas se for preciso ir para a capital antes, eu vou”.
O coordenador do abrigo ficou na administração do local por três anos e cinco meses, desde que o fluxo imigratório no estado começou a tomar força. Borges era quem organizava e registrava a entrada dos imigrantes. ‘Uma missão’, é assim que ele define esses anos dedicados aos refugiados.
“Eu sempre encarei isso como uma missão de Deus. Sempre fui um cara muito humano e quando Deus me deu essa missão, eu abracei a causa. Nada na vida da gente vem de graça, tudo é uma questão divina. A minha missão era cuidar desses imigrantes”, ressalta.
De acordo com Borges, esse apoio dados aos imigrantes que procuram o Brasil para tentarem recomeçar é uma forma de humanizar a questão. “O importante é ajudar as pessoas independente de cor e raça. E posso dizer, com toda a certeza, se fosse preciso faria tudo de novo”.
‘Brasiléia deu sua contribuição’, diz
Sobre a transferência do abrigo, Damião Borges disse que foi necessária, pois a cidade de Brasiléia não tinha mais condições de comportar os imigrantes.
“Brasiléia já havia dado a contribuição dela por mais de 3 anos. O local onde ficavam já estava desumano. Em Rio Branco, além de ter mais estrutura, há também mais facilidade de transporte. Com certeza, temos muito o que agradecer à Brasiléia por ter dado a sua contribuição na questão humanitária”.
O abrigo na cidade foi desativado no último dia 15. Os imigrantes foram transferidos para Rio Branco, onde foi montado um novo abrigo no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco. De acordo com a Sejudh, mais de 20 mil imigrantes já passaram pelo Acre desde dezembro de 2010.
Entre março e abril deste ano, a cidade chegou a comportar mais de 2,5 mil imigrantes que ficaram retidos no Acre devido a interdição da BR-364, ocasionada pela cheia histórica do Rio Madeira, em Rondônia (RO).
Rota de Imigração
Desde 2010, o Acre se estabeleceu como rota de imigração, principalmente para haitianos que deixaram sua terra natal, após um terremoto que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, e uma epidemia de cólera que se seguiu ao desastre. A rota também passou a ser utilizada por imigrantes de países como a República Dominicana e o Senegal.
Tácita Muniz e Yuri Marcel Do G1 AC
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1º ciclo unificado de auditorias na pecuária da Amazônia: divulgados os resumos públicos por empresas
Foto ilustrativa por rawpixel.com, em domínio público, via nappy.co
(MPF) – O Ministério Público Federal divulgou os resumos públicos de resultados de cada empresa participante do primeiro ciclo unificado de auditorias na cadeia econômica da pecuária na Amazônia Legal.
Os resumos apresentam dados mais detalhados do que os divulgados no evento realizado em outubro de 2023 para anunciar os resultados. O ciclo marcou a primeira vez em que auditorias nessa cadeia econômica foram realizadas a partir de critérios idênticos para toda a Amazônia.
Foram divulgados resumos referentes a empresas que passaram por auditorias contratadas e, também, os resumos de resultados relativos a empresas que foram submetidas às chamadas auditorias automáticas. Confira aqui os resumos.
Dois tipos de auditorias – As auditorias contratadas são feitas por empresas independentes, cujas contratações estão previstas em acordos que vêm sendo assinados desde 2009 entre MPF, setores produtivo e empresarial e órgãos de fiscalização.
Já as auditagens automáticas são realizadas a partir de dados de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) dos fornecedores de empresas que não assinaram acordos com o MPF ou não contrataram auditorias próprias para avaliar suas compras.
As checagens verificam se há controle da origem da matéria-prima, para que a legislação seja respeitada. O cumprimento da legislação evita, por exemplo, que sejam comercializados animais com origem em áreas com desmatamento ilegal, trabalho escravo, invasões a unidades de conservação e a terras indígenas.
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