Notícia que circulou na rede partiu de um computador de Rio Branco.

Caio FulgêncioDo G1 AC

Autor deve responder judicialmente pela divulgação da notícia.

O Ministério Público do Acre (MP-AC) concluiu as investigações referentes àdivulgação de uma falsa notícia sobre a morte da promotora de justiça Alessandra Garcia Marques, que cuida do caso Telexfree. Uma pessoa, moradora de Rio Branco, foi identificada como proprietária do computador de onde a notícia se originou.

De acordo com o promotor Adenilson de Souza, membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), condutor das investigações, assim que a notícia começou a ser veiculada, foi instaurado um procedimento para apurar os fatos.

“Nessa instauração, eu juntei vários documentos e possíveis autores. Com base nisso, ouvindo as pessoas, fizemos a perícia no computador do principal suspeito e foi confirmada a origem do documento, do ato ilegal que configurava crime”, explica o promotor.

O procedimento agora, segundo Souza, é encaminhar todo o material das investigações para o Juizado Especial para que seja oferecida a denúncia para o crime de ameaça. “Provavelmente quando o promotor do Juizado receber isso, vai fazer a denúncia e vai levar o responsável a responder judicialmente por esse ato ilegal”, acrescenta.

Diante da conclusão do caso, o promotor alerta ainda que esse tipo de crime, apesar de ser na internet, também tem solução. “Às vezes, a pessoa pensa que pela internet não vai se saber a autoria, mas a gente tem equipamentos suficientes para chegar a essa autoria rapidamente. E com certeza, a punição é como se fosse um crime presencial. É encarado da mesma forma”, afirma.

Procurado pelo G1, o MP-AC informou que a promotora Alessandra Marques só deve retornar às atividades em março e a assessoria preferiu não se pronunciar sobre o caso.